"Sem ‘mas’ nem meios ‘mas’, este final tardio da época de contratações na Europa do futebol foi, desportivamente, pernicioso para o nosso Benfica. As saídas de Javi Garcia e Witsel (excelentes negócios na perspectiva financeira) deixam o plantel mais fraco. Não transformam o plantel num plantel fraco, mas enfraquecem o poder futebolístico do Benfica e, por consequência óbvia, um plantel menos forte torna mais difícil o sucesso. No fundo, é apenas isto e nada mais do que isto.
Perante o sucedido, há agora duas atitudes possíveis: uma é lamentar “ad aeternum” a saída dos ditos futebolistas e recordar sistematicamente que deveríamos ter conseguido, atempadamente, prever a situação e arranjar soluções (e devíamos!); outra é perceber que há um conjunto de hipotéticas soluções internas dentro do plantel (e também na equipa B) e tentar moralizar os futebolistas que personifiquem essas soluções, dando-lhes confiança.
Neste momento, Jorge Jesus tem pela frente talvez o maior desafio desde que chegou ao Benfica: recriar e reinventar, em competição, toda uma dinâmica de equipa, equilibrada nos momentos ofensivos e defensivos, sem dois dos futebolistas que melhor garantiam esse equilíbrio. Terá de fazê-lo em tempo útil e com uma eficácia que permita ao Benfica conquistar um campeonato que os mais cépticos garantem hipotecado, à terceira jornada, com o Benfica a liderar a competição. Para que isso aconteça, é necessário engenho e arte da equipa técnica, disponibilidade total dos futebolistas e uma grande dose de confiança que deverá passar da bancada para o relvado.
Quanto ao resto, o que se tem visto é uma legítima emoção à flor da pele por parte dos adeptos perante a frieza do poder do vil metal. Para nós, adeptos benfiquistas, a paixão pelo Benfica não tem cláusula e não é rescindível."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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