"As derrotas nunca são boas, mas nesta fase ajudam a detectar fragilidades. Só sabendo quais as deficiências, se podem colmatá-las. O Benfica não tem suplente para Maxi Pereira, que não seja um júnior com talento, e tem na lateral-esquerda um problema que remonta à saída de Coentrão. A isto acresce a excelência da dupla de centrais, que prejudica muito a comparação com quem os substitui. Em tudo o resto há qualidade e nalguns casos abundância. Este Benfica poderá e deverá ser forte. Logo, contra o Real Madrid, há mais um teste de dificuldade para aquilatar o aprumo de forma encarnado.
Hoje começam os Jogos Olímpicos, desde miúdo que são para mim sinónimo de clausura. De que gosto? De tudo, ou quase tudo. Um Paquistão-Holanda em hóquei em campo, um chinês em luta com um coreano no tiro com arco, um jogo de voleibol feminino entre Cuba e Itália são tudo petiscos a não perder. Uma camisola nacional em luta pelo 34 lugar de uma qualquer prova é uma iguaria, e a prova de ciclismo em pista perseguição por equipas, ou double scull de remo põe-me a vibrar pela Inglaterra como se tivesse nascido em Oxford. Jogos Olímpicos é sinal de intensidade desportiva, é tudo para degustar até ao limite. Frigorífico preparado para maratonas, jornal A BOLA com as grelhas de eventos do dia e o ranking das medalhas, uma opção clara daqueles que queremos que ganhem contra aqueles que não queremos e estamos no paraíso. Estes Jogos Olímpicos até facilitam, não têm fuso de Sidney, da Coreia, de Atlanta ou de Los Angeles, que nos obrigavam a mudar o sono para viver convenientemente o acontecimento. Em Londres será uma miragem ouvir tocar A Portuguesa, e muito dificilmente veremos subir a nossa bandeira. Nelson Évora, Vanessa Fernandes e Naide Gomes traíram essa ambição e agora só uma Telma superlativa ou uma grande surpresa nos podem ajudar a fazer história."
Sílvio Cervan, in A Bola
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