"Se Roger Schmidt pensar como Bruno Lage pensava em 2020 ainda vai dizer que o novo treinador do Benfica almoçou ou jantou com jornalistas antes do alemão ser despedido... E ainda Ronaldo e Di María.
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Na fase cor de rosa ao leme dos encarnados, aqueles seis meses em que o Benfica recuperou sete pontos de desvantagem para o FC Porto e festejou o 37 em 2018/19, Bruno Lage sintonizou o Canal Panda para destacar a importância do elenco quando João Félix — nunca mais brilharam como nos tempos em que conviveram na Luz… — era o ator principal de uma história de encantar.
«Cheguei a casa, perguntei ao meu filho Jaime o que estava a ver e ele respondeu: 'São os Super Wings, pai. Mas são os Super Wings que trabalham em equipa'. Tudo isto para vos dizer que nada se faz sozinho», disse, então, Lage, ainda os jornalistas não eram perigosos agentes mais ou menos secretos com a missão de trocá-lo por Jorge Jesus, conforme insinuou meses depois à medida que se sucediam os maus resultados que redundaram no despedimento decretado por Luís Filipe Vieira era Rui Costa um dos braços direitos do antigo presidente.
Não consta que Roger Schmidt suspeite que o novo treinador das águias tenha almoçado ou jantado com profissionais da comunicação social assim que o alemão começou a ser contestado e a vislumbrar a chicotada psicológica. Mas se um dos grandes fãs do gegenpressing pensar hoje como Lage pensava em 2020 antes de se apagar a Luz com desaire na Madeira frente ao Marítimo...
O trabalho em equipa dos Super Wings é ponto de partida interessante para atacar o que resta da temporada. Se descobrir num plantel que considerou muito bem construído um Lucky Luke mais rápido a disparar que a própria sombra, um Popeye com punhos de aço para derrubar a concorrência ou um homem-aranha para enredar os adversários, o 39 poderá ser possível. Boa ideia será também dar uma vista de olhos nas histórias do tio Patinhas, para beber da sabedoria do sortudo Gastão, ou de Astérix e Obélix, porque força, resiliência e uma poção mágica são ingredientes fundamentais para combater o Sporting do super-herói Gyokeres.
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Cristiano Ronaldo atingiu a inacreditável marca de 900 golos — 131 na Seleção Nacional, o último nas redes da Croácia, na quinta-feira — e continua a ser indispensável à equipa das quinas. A caminho da ternura dos 40, enquanto se esforça para colocar a liga saudita noutro patamar, sem especial sucesso, diga-se, CR7 é um oásis no deserto de pontas de lança da atualidade do nosso futebol.
À exceção de Gonçalo Ramos, lesionado, a Portugal faltam avançados com perfil de matadores — e mesmo o jogador do PSG… Paulinho? André Silva? Dany Mota? Nas melhores versões deles, poderão ser úteis, nada mais que isso. E até ao Campeonato do Mundo de 2026, do outro lado do Atlântico (Canadá, Estados Unidos e México), não é crível que se resolva essa escassez de goleadores.
Ronaldo, não percas a pontaria — e daqui a menos de dois anos o sexto Mundial estará à tua espera. Só de imaginar o que seria ver-te terminar a carreira a erguer o troféu por Portugal...
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Não há como a relação dos argentinos com o desporto-rei. «Algumas pessoas acreditam que o futebol é uma questão de vida ou de morte. Estou muito desapontado com essa atitude. Posso garantir que é muito, muito mais importante do que isso», assim imortalizou Bill Shankly — escocês que treinou o Liverpool de 1959 a 1974 — uma das frases que melhor reflete a paixão pelo futebol.
A homenagem a Di María antes do Argentina-Chile, sobretudo a carta lida por uma das filhas do extremo do Benfica, deixou o craque de lágrimas nos olhos. E não foi o único..."
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