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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Emoção, pingue-pongue frenético e decisão nos penáltis: Benfica bate Sporting e levanta a Supertaça


"Depois do 1-1 com que terminaram os 120 minutos, o dérbi da final da Supertaça acabou decidido nos pontapés de penálti, com o Benfica a revalidar o título num duelo nem sempre bem jogado mas intenso, forte e empolgante

Ver um dérbi de futebol feminino em canal aberto é seguramente refrescante e quem deu uma oportunidade à final da Supertaça entre Benfica e Sporting não se sentirá, de todo, defraudado. Em Aveiro, os 120 minutos + descontos não terão sido sempre bem jogados, mas não faltaram emoção, detalhes técnicos, duas equipas taticamente adultas, com jogadoras em pleno desenvolvimento ou afirmação. No desempate através de pontapés de penálti, o Sporting complicou, não acertou qualquer remate, com o Benfica a não falhar no momento decisivo.
Foi assim o revalidar do troféu por parte das campeãs nacionais, num jogo onde o domínio foi repartido. Depois, os últimos minutos e prolongamento oferecerem um pingue-pongue de ataque e resposta, com o desacerto e a grande exibição das duas guarda-redes a deixar o resultado num parco 1-1.
Se coube a Catarina Amado do Benfica a primeira perdida do jogo - aos 21’, falhando um cruzamento de Alidou - o Sporting responderia com Brenda Perez aos 33’, numa iniciativa individual no corredor central, que terminou com um remate colocado e boa defesa de Lena Pauels, a alemã que chegou esta época para defender as redes das encarnadas. No canto, Ana Capeta, num remate pouco ortodoxo mas cheio de intenção, voltou a ter um indesejado encontro com um poste (olá Mundial…), com Pauels mais uma vez a brilhar na recarga de Cláudia Neto.
Era, talvez, a melhor fase do Sporting, com o Benfica a crescer no final da 1.ª parte, um crescimento que se cimentou após o intervalo. Catarina Amado voltou a criar perigo, com Hannah Seabert bem a defender à segunda. Aos 50’, Nycole Raysla fez um golo olímpico (ou a la Megan Rapinoe), mas a árbitra marcou falta de Carole Costa por um toque em Seabert, que terá impedido a guarda-redes do Sporting de abordar o lance da melhor forma. O golo encarnado, agora a contar, apareceria pouco depois.
Kika Nazareth, que por vezes parece desligada do jogo, tem o condão de nunca se desligar da bola. Amado deu-lha à entrada da área e a internacional portuguesa, com a intuição de quem tem o futebol do corpo, recebeu para logo acelerar, progredir em drible, ultrapassar uma série de rivais e rematar rasteiro. Um golaço que coroava o melhor momento encarnado.
O jogo continuou mais encarnado que verde nos minutos seguintes, com o empate do Sporting, que não se adivinhava, a surgir de bola parada, aos 73’: num livre direto, Maiara rematou à barra, com Andrea Norheim a colocar-se no caminho do ressalto para fazer o 1-1. A barreira do Benfica ficou a dormir, aproveitaram as jogadoras leoninas.
A partir daí, o jogo entrou na sua toada mais anárquica, emotiva, com ninguém a querer ir para o prolongamento. Aos 83’, Pauels voltou a mostrar dotes, a responder a um remate cruzado de Cláudia Neto, com resposta do outro lado: já dentro do prolongamento, Seabert salvou o Sporting, atenta a um remate de Falcón, após passe açucarado de Andreia Norton.
Com tudo ainda empatado aos 120 minutos em Aveiro, e perante mais de 10 mil pessoas que num dia de semana à noite assistiram à final, os penáltis foram amargos para o Sporting, que falhou os três que teve à disposição. Já o Benfica não falhou um que fosse, com o derradeiro a ser carimbado pela defesa brasileira Laís Araújo, uma das melhores em campo."

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