"No mundo corporativo, também se pode apostar em pessoas mais jovens para cargos importantes, em vez de recorrer apenas a pessoas mais velhas e experientes, para se jogar pelo seguro.
Um grande clube procura, obviamente, ter um grande treinador. Com a previsível saída de Rui Vitória, há poucos meses atrás, a generalidade das pessoas começou a falar de nomes de treinadores conhecidos e com grande palmarés para treinar um dos "grandes" portugueses. Até se falou de Mourinho, um dos melhores treinadores do mundo (embora passando por uma fase de "crise", da qual esperemos que recupere).
Isto faz lembrar-me a história em que há algumas décadas se dizia que "nunca ninguém foi despedido por comprar IBM". Se comprar um equipamento de uma marca forte e credível (o caso da IBM, na altura), mesmo que as coisas corram mal, nunca poderá ser criticado pela sua chefia ou outros pela sua decisão de compra. Contudo, deste modo também nunca se irá facilitar o surgimento de outras ideias inovadoras nem dar espaço a novas empresas e projectos para "mexer" com o mercado, se estivermos a apostar sempre no que é "seguro".
O Benfica acabou por apostar num nome sem "pergaminhos" como treinador principal no futebol sénior profissional, podendo ser criticado por correr um risco. Bruno Lage foi inicialmente apresentado como treinador de transição de muito curto prazo, enquanto se procuraria identificar um treinador "de peso". Contudo, creio que essa foi apenas a "desculpa" usada para o Benfica conseguir, sem ser criticado, apostar num treinador com potencial elevado e que ficaria no clube pelo menos até ao fim da época (excepto se os resultados fossem muito maus nos primeiros jogos, o que não se antecipava). Aliás, pouco depois o clube apresentou-o como treinador até final da época. Já aconteceu algo semelhante no Sporting com Paulo Bento, que foi uma boa aposta.
Ora, por que não fazer o mesmo nas empresas? No mundo corporativo, também se pode apostar em pessoas mais jovens para cargos importantes, em vez de recorrer apenas a pessoas mais velhas e experientes, para se jogar pelo seguro. Num mundo em constante mudança, há que assumir que é preciso correr riscos para se conseguir chegar ao sucesso. Apostar em novos talentos é uma opção para se conseguir inovar. De referir que não estou a dizer que os "cabelos grisalhos" devam ser postos de parte, pois têm também contributos valiosos em certas áreas para dar ao mundo corporativo.
Parabéns ao Benfica por correr o risco de apostar num jovem promissor! Por muito que me custe, este é um ato de "fair play" de um sportinguista…"
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