"Tudo começou, este ano, com a loucura da pornográfica contratação de Neymar. Não foi apenas o caso de um multimilionário que teve um capricho. Foi um país que entrou brutalmente no mercado de transferências, marcou a sua posição no mundo e inquietou todos aqueles que ainda pensam sobre o futuro do futebol como espectáculo popular.
A partir desse momento, já se sabia que se ia dar o efeito de bola de neve, porque, jorrando quilolitros de euros, todos os grandes jogadores ficaram inflacionados e todas as loucuras se tornaram viáveis.
Evidentemente que o mercado português, sendo essencialmente um mercado exportador, ficou à mercê das escolhas finais dos tubarões. E não deixa de ser curioso termos a ideia de que o Benfica, se puder, continuará a vender com gosto e que o Sporting e o FC Porto, se tiverem de vender, venderão com... desgosto.
O Benfica tem, indiscutivelmente, uma filosofia diferente dos seus rivais e bem se poderia dizer que, para Luís Filipe Viera, se não jogar o António jogará o Manel. A lógica é a de conciliar o negócio e a estabilidade financeira do clube com o resultado desportivo, sendo que, nos últimos quatro anos, os objectivos foram atingidos tendo por ordem de prioridades, em primeiro lugar, o negócio e, depois, o resultado.
Sporting e FC Porto, porque estão mais pressionados com a necessidade urgente de obterem bons resultados, têm essa ordem de prioridades investida e assusta-os a possibilidade de perderem jogadores como William e Adrien ou como Danilo e Brahimi.
Já agora, o SC Braga está cada vez mais parecido com o Benfica..."
Vítor Serpa, in A Bola
Os artigos do serpa são soporíficos e cheios de verdades , género "Lapalissades". Sempre viscoso e rastejante . Com a idade que tem ,já não muda .
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