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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Grandes, médios e pequenos

"O futebol alimenta-se muito da imprevisibilidade. Ou para nosso gáudio, ou para nos amachucar. Esta é uma característica que mais o distancia de outros desportos colectivos, onde a surpresa é nem menos frequente. E é, também, um dos factores que distinguem as competições inglesas, onde a anormalidade de um resultado viria normalidade em cada fim-de-semana.
Em Portugal, sempre houve uma muito vincada e excessiva hierarquização dos comentadores. Daí a divisão entre 'grandes' e 'pequenos', aqui a acolá sacudida por um intruso,que alguns rotulam de 'médio' ou 'aspirante a grande'. Na história do futebol português, o Belenenses foi o único clube que já passou pelas três situações. Já o Benfica, uma vez campeão, nunca garantiu o estatuto de 'grande'. Nos 'médios', o Braga está à frente, seguido do Vitória de Guimarães. Restam o outro Vitória (de Setúbal) e a Académica, uma vezes médios, outras, pequenos.
Este ano, não nos faltam resultados de todo improváveis. Nenhum 'grande' na final da Taça da Liga, vergados pelo Moreirense (duas vezes) e Vitória. Na Taça de Portugal só o Benfica resiste depois do Desp. Chaves ter mandado pela borda fora FCP e SCP. No campeonato, basta lembrarmo-nos da primeira parte do Rio Ave contra os leões (3-0), da primeira meia hora do Boavista na Luz (0-3) ou do Tondela que resistiu ao Porto.
Excesso de confiança, falta de estimulo, emulação dos oponentes, aproximação dos treinos, aperfeiçoamento das tácticas, sorte, tudo tem o seu contributo para isto. Algo parece estar a mudar.
P.S. «Adeptos do Benfica atacaram autocarro». Adeptos? Do Benfica? Nem pensar..."

Bagão Félix, in A Bola

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