"Desta vez a culpa foi mesmo do Benfica. Ainda que acentuadamente partilhada com uma arbitragem do pior que se tem visto e demasiado condicionada pela aparência da isenção.
Esteve bem Rui Vitória ao não ir pelos caminhos tortuosos dos erros arbitrais, onde sempre se cai na armadilha da incoerência e na ilusão de que não há responsabilidade própria. É que o Benfica fez um jogo muito mau nos primeiros 30 minutos e também, estranhamente, nos 25 minutos que teve à sua disposição para vencer, depois de ter alcançado o mais difícil, ou seja o empate. Mesmo com uma reles arbitragem, a equipa tinha a natural obrigação de vencer.
Nestas ocasiões, não é habitual falar-se do adversário. Aconteceu que o Boavista fez um jogo exemplar, nem sequer exageradamente defensivo e teve indiscutível mérito.
Neste jogo perderam-se dois pontos que o futuro dirá se preciosos ou não, mas espero que se tenha ganho uma lição. A euforia em demasia, a desconsideração (embora involuntária) de clubes menos fortes e, sobretudo, o excesso de confiança são sempre pérfidos conselheiros. Porquê a enorme diferença entre o Benfica de Guimarães e o apático e sonolento Benfica da primeira meia-hora do passado sábado? E atenção: se, só por si, não se ganham títulos quando se joga com equipas menores, podem perder-se títulos com essas mesmas equipas. No ano passado, o Benfica foi campeão perdendo 9 pontos em 12 contra os dois rivais, mas só perdeu 5 pontos contra as restantes 15 equipas. Este ano e contra estas, já deixou numa volta 7 pontos. Nas mesmas circunstâncias, o Porto desperdiçou 8, o Sporting 14, o SC Braga 9."
Bagão Félix, in A Bola
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