"O campeonato está em contagem decrescente e os adeptos do Benfica já devem ter reservado a data da última jornada para se entregarem à festa do bi. Com a meta à vista, o título é uma conquista cada vez mais real, embora o FC Porto ainda esteja na luta. Jesus recorreu ao vocabulário ciclista para projectar o que ainda falta. Para o treinador, há prémios de montanha pela frente e de uma dimensão que, na sua opinião, depende daquilo que o Benfica fizer. Se jogar com a intensidade que Jesus gosta, então as montanhas que se imaginam como os Alpes serão como montes alentejanos e o campeão seguirá imparável até à glória final.
Este Benfica tem sido ambicioso como sempre e pragmático como nunca e ninguém imagina que, tão perto do fim, venha a tropeçar. Especialmente hoje, quando entre a equipa de Jesus e o adversário há 59 pontos de diferença. Será talvez a noção de que no futebol nada se pode dar por garantido - e o Benfica mantém fresco na memória esse duro ensinamento - que ainda corrói os espíritos mais inquietos e alimenta receios. O Benfica atravessa um momento em que a qualidade do seu jogo consegue satisfazer a massa adepta que não se contenta com uma simples vitória. Jogadores como Jonas, Salvio e Sulejmani (na vez de Gaitán) transportam fantasia ao jogo e, assim, são capazes de empolgar e divertir. Sim, porque neste Benfica pragmático, o supérfluo também é essencial. De outra maneira, aliás, dificilmente poderia ter o título à mão de semear.
NOTA - Estranho que a construtora que ia fazer o Pavilhão João Rocha tenha agravado o custo dois dias depois do lançamento da primeira pedra. Penalizadora (mas atenuada) a sanção da UEFA por incumprimento do fair play financeiro. No Sporting, ainda se enfrentam tempestades."
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