"Ao longo desta última semana muito se ouviu sobre o desempenho do Paços de Ferreira frente ao FC Porto e sobre a actuação dessa mesma equipa, uma semana antes, frente ao SL Benfica. Todos sabemos que Paulo Fonseca foi treinador do FC Porto e todos sabemos também que o Paços de Ferreira tem - como aliás é do seu interesse - excelentes relações desportivas e institucionais com o FC Porto. Mas, como se diz em português genuíno, 'às vezes é demais'.
Quem visse o Paços de Ferreira jogar nas duas partidas não acreditaria que o espaço temporal que mediou entre as duas fosse de apenas alguns dias. Pareceria, em bom rigor, que estávamos a assistir a uma espécie de canal História do desporto.
Desde jogadores do Paços que ficaram extremamente felizes - e assim o fizeram chegar à imprensa - por ajudar o FC Porto a manter-se na luta pelo título, a um Paulo Fonseca que parece um treinador sem personalidade quando defronta o seu antigo clube, passando ainda por um Sporting de Braga que só correr com afinco quando joga com o Benfica, todo o cenário a que temos assistido nos remete para a ideia de que, na verdade, o Benfica não defronta apenas os seus dois adversários directos na luta pelo título de campeão nacional, mas todo um conjunto de satélites dispersos pela tabela classificativa.
Deve isto desmotivar-nos? Nem pensar! Pelo contrário, deverá tornar-nos conscientes de que, se vencermos o 34.º título de campeões nacionais, nenhum outro clube se aproxima sequer do nosso nível de mérito. Na verdade dos factos, no fundo da questão, o Benfica não terá, nesse dia, vencido apenas o FC Porto e Sporting na corrida ao título, mas todo um conjunto de clubes de pequena ou média dimensão que jubilam de felicidade sempre que colocam mais uma pedra no nosso caminho."
André Ventura, in O Benfica
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