"À medida que vamos avançado no Campeonato, uma verdade vai adquirindo contornos de evidência: o Benfica é o mais forte candidato ao título. Os jogos frente ao V. Guimarães e ao Marítimo são a expressão plena dessa tendência. Quanto à equipa de Rui Vitória, os dados são sobejamente conhecidos: uma equipa jovem, fisicamente imponente, com jogadores rápidos e tacticamente bem construída.
Por sua vez, em relação ao plantel de Leonel Pontes, ninguém negará a garra e o permanente espírito ofensivo que caracteriza o conjunto madeirense.
Ora, em ambos os casos, Jorge Jesus conseguiu bloquear por completo o estilo e a dinâmica de jogo dos adversários: no caso do Vitória, André André passou completamente despercebido e, no caso do Marítimo, Danilo e Edgar Costa não foram além de um pequeno susto a Júlio César.
Estes factores não nos dizem, obviamente, que o Benfica renovará com toda a certeza o título. Dão-nos, em qualquer caso, pistas importantes sobre o trabalho inexcedível de Jorge Jesus: a reconstrução técnica de uma equipa que perdeu uma parte muito importante dos seus activos, a aposta e o desenvolvimento do potencial de jogadores como Talisca, Ola John ou Jonas e sobretudo a capacidade de, mesmo com jogadores novos e não familiarizados com os processos de jogo do Benfica, bloquear completamente a estratégia de jogo dos adversários, seja de um Moreirense extremamente defensivo, seja de um FC Porto agressivamente ofensivo. São duas as qualidades que não podem faltar a uma equipa que almeje o título: a regularidade e a capacidade de adaptação táctica. Ora, um Benfica que desequilibra completamente um Arouca extremamente agressivo e defensivo para, poucos dias depois, bloquear a quase totalidade das linhas ofensivas do Marítimo, só pode revelar uma extraordinária capacidade técnica, táctica e construtiva.
E, se assim é, estamos claramente no caminho do 34.º Campeonato Nacional."
André Ventura, in O Benfica
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