"A renovação do contrato com Jorge Jesus divide os benfiquistas. A primeira questão é saber se o Benfica deve continuar a ter Jesus como treinador. A segunda é se o timing deve ser este.
É indiscutível que a equipa do Benfica subiu três patamares depois da entrada de Jesus. Em cinco anos, ganhou dois títulos e meio (um foi perdido nos descontos) e uma Taça de Portugal, entre outros. E praticou um futebol muitas vezes espectacular.
Argumenta-se que na Europa acumulou flops. E nos dez anteriores a Jesus ganhou o quê? Só se diz que o Benfica foi um flop na Europa porque cresceu muito em Portugal e os adeptos queriam mais.
Acontece um pouco o que se passou com Toni. Foi campeão, mas a direcção do clube achou que era pouco e contratou Artur Jorge para conquistar a Europa. O resultado foi o que se sabe: o Benfica entrou no período mais amargo da sua história recente. Mesmo assim, na 'era Jesus', recordem-se as duas finais da Liga Europa e a eliminação de equipas como a Juventus, Zenit, Bayer Leverkusen ou Manchester United.
Seria injusto dizer que Luís Filipe Vieira não teve nenhum papel no crescimento do Benfica. Teve e muito. Mas o seu trabalho só começou a dar frutos depois da entrada de Jorge Jesus. Por isso, pode dizer-se que os êxitos recentes se devem à dupla presidente-treinador e à estabilidade que o clube alcançou.
Jesus não precisa de provar nada em termos de qualidade: em cinco anos já provou o que tinha de provar. A questão é o timing da renovação. Ora, julgo que este é o momento certo. Para não suceder o mesmo que há ano e meio, quando Vieira renovou o contrato com o técnico em circunstâncias dramáticas."
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