"A entrada para a última jornada, o Dortmund era o lanterna vermelha na Bundesliga. Ganhando sofridamente no sábado, continua, ainda, na zona de despromoção. Ao invés, na Liga dos Campeões e, à 5.ª jornada, já estava apurado para os oitavos de final com 4 vitórias em 5 partidas.
Estranho, não é? Um clube que está entre os melhores da Europa, o único que, de ora em vez, se atreve a incomodar o imperial Bayern, está a fazer campeonato para esquecer. Bem sei que foi atingido por onda de lesões e que o seu avançado Lewandowski foi para o rival bávaro.
Acontece que isto se passa tudo no país que agora está na moda criticar por todo e qualquer motivo: a Alemanha. O seu campeonato de futebol não será (faca ao inglês e espanhol) o mais espectacular, mas, para mim, é o mais consistente no jogo jogado e o mais racional e sustentável no jogo financeiro. E o mais competitivo de todos (à parte do Bayern orientado pelo melhor treinador do mundo, Pepe Guardiola).
Só assim se pode entender esta descida (temporária) ao inferno do clube treinado pelo carismático Jurgen Klopp. Mas também só neste clube é possível ver o seu Signal Iduna Park sempre cheio, independentemente dos resultados, e apoiando incondicionalmente jogadores e técnico. Notável e comovente o cartaz exibido pelos sócios no último jogo: «Und wenn du fallst, bin ich bei dir (quando tu caíres, eu estarei contigo)»!
Imagino como seria bem diferente um jogo de um dos nossos grandes estando no último lugar da tabela... E onde já estaria qualquer «treinador forever»... Os alemães podem não ter todas as qualidades, mas têm o essencial: qualidade."
Bagão Félix, in A Bola
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