"Grande final. Entrega total de todos os jogadores de ambas as equipas. Situações de golo iminente para os dois lados. Muitos portugueses em campo, quatro do lado do Benfica (André Gomes, André Almeida, Rúben Amorim e Ivan Cavaleiro), três em representação do Sevilha (Beto, Daniel Carriço e Diogo Figueiras), mas Kevin Gameiro, de ascendência lusa e que Carlos Queiroz namorou em tempos no sentido de convencê-lo a optar pela Selecção das quinas.
Grande espectáculo. Alta intensidade do primeiro ao último minuto do prolongamento. Emoção em níveis elevados, no relvado e nas bancadas. Dois emblemas que tudo fizeram para ganhar, mas não basta querer, é preciso poder: e... ninguém pôde. Em competição, o campeão de Portugal e o quinto classificado de Espanha, um desnível classificativo que transferiu para o Benfica a maior fatia de favoritismo. Não só por causa dessa diferença, mas por, objectivamente, possuir mais e melhores praticantes e apresentar um plantel de superior qualidade: se não se tivesse dado o caso de, por motivos diversos, ter ficado privado do pilar principal da sua estrutura (Fejsa e Enzo Pérez) e ainda de outras peças fundamentais (Salvio e Markovic), além de se ter visto privado, já no decurso do jogo, de Sulejmani e Siqueira devido a lesões que não constavam do programa.
Depois vieram as grandes penalidades e aí... há os que marcam e os que falham, Cardozo e Rodrigo excederam-se na simpatia e a taça voou para as mãos dos espanhóis.
Outra final perdida, e sem maldições: houve, sim, várias oportunidades desaproveitadas por parte dos benfiquistas, um árbitro alemão que viu o jogo em plano inclinado e um Beto inspirado...
Como nota à margem, o registo da presença na tribuna do herdeiro do trono de Espanha. Não foi por influência dele que o Sevilha ganhou, mas dá que pensar... Os nossos governantes, não se sabe se por medo se por comodismo, preferem ficar em casa..."
Fernando Guerra, in A Bola
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