"O único clube que é capaz de mudar os corações mais empedernidos de paixão é o FCD, Futebol Clude do Dinheiro. O manager do FCD é uma tróica formada pelo mister Draghi do BCE, mister Ben Bernanke do Reserva Federal Americana e mister Alister King do Banco de Inglaterra. A táctica do FCD depende sobretudo da posição do 'trinco' fiscal e dos 'alas' comissionistas. É também melhor clube a despedir: fá-lo depressa e paga principescamente e equívoco.
Nos últimos dias li, sem surpresa, duas notícias.
Uma relativamente ao ex-treinador do FCP André Villas-Boas. Disse - peremptoriamente - que é impossível vir a treinar o Benfica e o Sporting. Como benfiquista agradeço o seu pudor clubista. Percebo que só mesmo um clube - o FCD - foi capaz de ousar tirá-lo in extremis da sua «cadeira de sonho» no Porto. Chelsea e Tottenham, extremosas filiais do FCD, levaram-no para a fascinante praça londrina, onde por libras sedutoras anestesiaram a sua paixão portista e antibenfiquista.
A outra notícia tem a ver com a hesitação (?) de Carlos Martins em aceitar a proposta de rescisão do seu contrato com o SLB, mesmo que tal implique não jogar. Na pré-época de 2012, o jogador terá feito uma gracinhas e, vai daí, teve uma prenda de Natal antecipada: uma renovação por quatro anos (até aos 34 anos) com um estipêndio fabuloso (segundo li em A Bola, 9000 mil€ líquidos por ano). Depois disso, a nossa memória esgota-se naquela inacreditável expulsão no jogo decisivo com o Estoril que, em qualquer outra profissão, justificaria um despedimento com justa causa!
Villas-Boas e Martins, ambos com o seu emblema no coração."
Bagão Félix, in A Bola
PS: Nem de propósito, no dia que saiu esta crónica, foi anunciado a transferência do Carlos Martins para o Al Wahda dos Emiratos Árabes Unidos, treinados pelo José Peseiro.
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