"No hóquei não há a maldição Guttmann. Nos últimos anos, o Benfica ganhou a Taça CERS (a Liga Europa do hóquei), a Supertaça Europeia (ainda que por desistência do oponente) e - cereja em cima do dragão - é agora campeão europeu.
Sou de uma geração em que o hóquei rivalizava com o futebol como desporto mais popular. Era o tempo da magia da rádio. Com a hegemonia do futebol e da televisão foi perdendo o seu lugar. Também por culpa própria. Vem, agora, melhorando com novas regras.
Na final-four, o Benfica venceu com mérito. Tinha tudo contra ele: nas meias-finais, o campeoníssimo Barcelona e na final, o rival português em casa deste. Sim, em casa do FCP, pois o recinto era tudo menos neutro, como é regra geral em finais em que a lotação é dividida entre os clubes.
Os corajosos benfiquistas - uma minoria (150 bilhetes disponibilizados pelo neutríssímo anfitrião...) - só viram a 2.ª parte. E julgava eu que uma final destas era preparada pela federação europeia...
Felizmente o Benfica acabou por jogar. Felizmente venceu aos... 2m do tempo extra. Felizmente não houve escaramuças entre vencedores e vencidos. Felizmente os jogadores respeitaram-se. Felizmente a arbitragem foi bem melhor da que, por cá, vamos vendo.
Com esta vitória, o Benfica está apenas atrás do Barcelona no que se refere à conquista de títulos europeus de 1.ª ordem em diferentes modalidades.
No caso do Benfica: futebol, futsal, atletismo (5 taças dos Campeões Europeus de estrada entre 1988 e 1992) e agora hóquei.
Obrigado ao Benfica pelo seu vasto e vitorioso ecletismo e por nunca ter renunciado ao hóquei em patins.
Parabéns a Luis Sénica e jogadores."
Bagão Félix, in A Bola
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