"Sem Luisão por pretensa maldade, Javi Garcia e Witsel por imperativa necessidade e Aimar e Martins por física debilidade, o Benfica está a fazer uma boa Liga e a disputar sem rasgos mas também sem ilusões, a Liga dos Campeões. Sobre esta, aliás, interrogo-me (pelo menos desportivamente) se valerá a pena continuar para provavelmente cair na etapa seguinte ou passar para a Liga Europa e ambicionar chegar longe.
Curiosamente, na Liga, poderia estar 100% vitorioso, pois quando não venceu (Braga e Académica) houve interferências de erros groseiros da arbitragem (lembrar-se-à agora o Braga de anulação do que teria sido o 3-2 para o Benfica, numa situação algo parecida com o golo que lhe foi negado em Alvalade?)
O obreiro desta boa prestação é (continua a ser) Jorge Jesus. Um treinador que vive a sua profissão intensa e vibrantemente, sabedor profundo de futebol, construtor habilíssimo de equipas e formador exímio de jogadores.
Desde que está no Benfica saíram atletas de referência como Di Maria, Ramirez, David Luiz, Coentrão, Javi Garcia, Witsel, N. Gomes e Saviola. Ano após ano, tem de refundar uma equipa. Tem-no feito com sabedoria, optimizando a polivalência de muitos jogadores, gerindo o tempo de adaptação de jovens talentosos e tirando frutos da equipa B.
Comete erros? Claro que sim, mas tal não esbate o muito que Jorge Jesus tem feito sempre reconstruindo, pedra por pedra, um projecto com estabilidade e ambição.
Consciente do plantel que tem e do que não tem (no meio-campo), a sua equipa é agora mais contida, mais metódica, menos inebriada com o seu próprio entusiasmo. Proficientemente."
Bagão Félix, in A Bola
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