"A decisão anunciada por Luís Filipe Vieira de terminar, de vez, com as negociações com a Olivedesportos quanto à renovação do contrato de aquisição dos direitos televisivos do Benfica é, mais do que um facto relevante, um facto histórico.
Ao longo de muitos anos, a Olivedesportos foi consolidando a sua posição dominante no mercado, criando condições para afastar toda e qualquer concorrência, através de um política de gestão inteligente, assente em negociações avulsas, criando dependências indestrutíveis com diversos clubes, que foram beneficiando de adiantamentos de capital em situações económicas dramáticas, mas, também, é justo dizer-se, apresentando sempre uma imagem de credibilidade e de rigor no cumprimento dos contractos.
Este último facto, aliado à relação de amizade com Joaquim Oliveira, terá levado a que Luís Filipe Vieira tivesse procurado negociar um valor que lhe permitisse mostrar aos seus pares que a renovação contractual com a Olivedesportos seria irrecusável. Mas Joaquim Oliveira já tinha cometido um erro decisivo. Ao deixar indexar o valor dos novos contractos do FC Porto com o do Benfica ficou, necessariamente, preso a um compromisso que não lhe admitiu margem de manobra. Vieira - tal como disse à Bola TV na sua primeira entrevista televisiva como candidato - tomou, então, a decisão de convidar José Eduardo Moniz para seu vice e contar com ele para liderar a Benfica TV que irá deter os direitos televisivos do futebol do Benfica.
Quem não compreender que se trata de uma decisão histórica, não compreende nada. Mais difícil será projectar o futuro e saber, desde já, o que a importante decisão de Vieira irá significar no universo das televisões e do futebol em Portugal."
Vítor Serpa, in A Bola
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