"Depois do que aconteceu em Dusseldorf, já todos os que se alimentam de sangue publicitaram os altos valores morais que os norteiam, proclamaram a ausência dos mesmos no alvo de circunstância e decretaram o veredicto. Eu não dou nem mais um cêntimo para o peditório de enlamear o homem que é capitão de equipa do Benfica e que veste o manto sagrado há uma década. Agora, daqui em diante, precisamos de ver em campo o capitão, o líder, a referência para os colegas e o primeiro dos homens para quem nós, do Terceiro Anel, olhamos quando algo não está a correr bem. Agora, é tempo de mostrar ao Luisão que a sua história no Benfica não se esgota num momento de imprudência e num patético aproveitamento teatral da mesma. A história do Luisão no Benfica está longe de estar terminada e nós, benfiquistas, não temos no nosso ADN esse gene de abandonar às hienas o capitão da nossa equipa sénior de futebol.
Há clubes pequenos, regionais, para quem uma situação destas serviria para unir os seus adeptos em torno da defesa do seu capitão de equipa. No Benfica, pelo gigantismo do mesmo, essa união é utópica e, como tal, surgirá sempre uma grande polifonia de vozes. É natural e faz parte da nossa história e forma de viver o Clube. No entanto, esta é uma excelente oportunidade de unir ainda com laços mais fortes o balneário em torno do capitão de equipa. Se isto for conseguido, conseguir-se-á transformar algo de mau em algo de positivo. É imperioso que haja esta capacidade por parte de quem lidera a equipa e esta vontade por parte de todos os membros do plantel. A defesa que Javi Garcia já fez do seu companheiro e amigo deixa-me esperançado de que esta união se manifeste em campo já no primeiro jogo do campeonato.
Pela minha parte, fica a certeza de que neste próximo jogo, em nossa casa, lá estarei a apoiar incondicionalmente o Benfica e, particularmente, o Luisão."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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