"No Europeu de Futebol quase sempre vence uma selecção considerada favorita. Só houve verdadeiramente dois países que se podem designar como vencedores mais-do-que-improváveis: a Dinamarca em 1992 repescada na última hora para substituir a ex-Jugoslávia, então em guerra civil e a Grécia em 2004 jogando o mais enfadonho futebol de algum vencedor europeu. Curioso foi mesmo o fenómeno dinamarquês. Arrasando todas as teorias técnico-científicas, os jogadores interromperam as férias e foram para a competição sem treinos e sem os costumeiros jogos de preparação em que a principal preocupação, mais do que a de jogar, é a de não ter lesões.
Vou arriscar o meu prognóstico para este ano. Aposto numa reedição da final do Mundial de há dois anos: Espanha e Holanda. A estas selecções acrescento a Alemanha. Há três que dificilmente lá chegarão apesar da sua história: a França e a Itália em declínio lento mais sucessivo e a Inglaterra incapaz de se adaptar ao futebol continental. Já Portugal, com uma boa equipa mais algo distante da de 2004, pode causar surpresa, desde que passe o principal obstáculo que passa pelo apuramento no seu grupo.
Se a minha previsão fosse apenas motivada por preferências pessoais, depois de Portugal como é óbvio, escolheria a Inglaterra por admiração, a Espanha em nome do seu exemplar treinador e a Holanda pelo seu sempre jovial e carismático futebol.
No fim, uma certeza: ficará o campeão para ser lembrado e o resto para se esquecer na voragem do tempo que não espera. É que enquanto o sucessivo é um assunto público, o fracasso é um funeral privado. Também e cada vez mais no desporto."
Bagão Félix, in A Bola
PS: O Bagão optou por ignorar as alarvidades do MST. E fez bem... senão ainda era corrido d'A Bola!!!
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