"Segundo estudo da Deloitte, o Benfica é o 26.º clube europeu com mais receitas, excluindo as resultam da transferência de jogadores. Não considerando os 5 campeonatos mais poderosos (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França), o Benfica é o primeiro. A distância resulta, tão-só, da enorme diferença das receitas televisivas. De acordo com a administrador Soares de Oliveira, enquanto esta componente vale 40% do total nos principais clubes europeus, no Benfica não chega aos 10%.
Em parte, tal deve-se a um contexto de mercados de diferentes dimensão e poderio, com maior capacidade de retorno financeiro e comercial.
Claro que este desnível é um pouco menor, se olharmos não para a receita bruta, mas por jogo, dado que se joga mais vezes nalguns desses países. Mas nada justifica que o Benfica, o clube com maior número de sócios espalhados pelo mundo, (e o 11º em receitas de bilheteira) receba 7% do que encaixa o Real Madrid ou - imagine-se - cerca de 14% do modesto Aston Villa!
Esta situação, por cá, também tem a ver com o enviesado regime de monopsónio na formação do preço, a situação de inferioridade financeira dos clubes que os leva a aceitar condições para obter financeiramente antecipado e a ideologia igualitária dos chamados grandes.
Felizmente, os ventos estão a mudar e a Direcção do Benfica vai no caminho justo e acertado. O regime impositivo e de sentido único tem os dias contados, perante uma gestão financeira mais competente e num mercado que se está a abrir. Estão criadas as condições para que, finalmente, se exprima o princípio da equidade: o que é diferente deve ser tratado diferentemente. O Benfica fica no seu lugar!"
Bagão Félix, in A Bola
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