"Na temporada passada, um grande Benfica venceu categoricamente a Liga nacional, pese a surpreendente réplica do Sporting de Braga. No último terço da competição, Jorge Jesus foi inequívoco, concedendo prioridade à principal prova doméstica em detrimento da Liga Europa. A opção revelou-se ajustada, garantido que foi, ao cabo de quatro anos, o título de campeão.
Ainda assim, sobretudo depois da fulgurante exibição em Marselha, ficou um certo sabor a frustração com o desaire frente ao Liverpool, no terreno adversário, na primeira edição da Liga Europa. A forma como a equipa rubra se batia, na última época, até legitimava que a ambição fosse quase ilimitada. Ainda assim, nada ou quase nada a objectar, o Benfica até fez uma boa campanha europeia.
E este ano? Numa situação difícil no Campeonato Nacional, ainda que reversível, não será que a Liga Europa deve constituir o objectivo prioritário? A questão, no mínimo, terá que ficar em aberto. O comportamento do conjunto nos próximos embates nacionais, também o do principal opositor, como que ditarão das reais possibilidades do Benfica no atinente à revalidação do título.
Na pior das hipóteses, a Liga Europa deve constituir-se como a aspiração primacial. E tem ou não tem o Benfica, em condições normais, equipa para se bater, sem quaisquer complexos de inferioridade, com todas as equipas que se encontram na competição? O trajecto, até agora, foi acidentado? Importa revertê-lo. Importa acreditar que o naipe de jogadores, a grandeza do Clube, o entusiasmo dos adeptos, tudo reunido, justificam condições para um ano europeu pautado pelo sucesso."
João Malheiro, in O Benfica
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