"Nunca me entusiasmou a passagem do Ano. Não gosto de datas com obrigação convencional de boa disposição. E constato a rapidez com que um simples ano passa. Virgílio Ferreira escreveu que «o tempo que passa não passa depressa; o que passa depressa é o tempo que passou». Uma realidade certeira à medida que envelhecemos.
Também não sou apreciador dos balanços e escolhas dos eleitos do ano finado. Quase sempre são enviesados pela influência da parte final do calendário (e até das vésperas) e pelo esquecimento do que se passou no seu dealbar ou meados. Afinal, o resultado da memória cada vez mais curta e descartável, numa sociedade onde os acontecimentos se sucedem à velocidade das novas e poderosas tecnologias!
Neste pontapé-de-saída, porém, atrevo-me a fazer a minha eleição desportiva. Mas -confesso - como não sou capaz de ser imparcial, cinjo-me à vida do meu clube de coração. Assim, o dito coração não fica despedaçado por ter de designar intrusos.
Ora aí vai para 2010: melhor dirigente: Domingos Soares de Oliveira; melhor técnico: Jorge Jesus e Henrique Viana (ex-aequo); melhor jogador de futebol: Saviola; melhor atleta: Telma Monteiro; melhores atletas por modalidade: Carlos Carneiro (andebol), Ricardinho (futsal), Heshimu Evans (basquetebol), Rui Pinto (atletismo), Luís Viana (hóquei), Fábio Jardel (voleibol); profissional do ano: Nuno Gomes; revelação do ano: Fábio Coentrão; saudade do ano: José Torres; efeméride do ano: 50 anos de Eusébio no Benfica; jogo do ano: Marselha 1 - Benfica 2; título do ano: campeão europeu de futsal.
Peço indulgência por qualquer injustiça ou esquecimento de quem usou apenas a falível memória, bem como a não referência a modalidades que não acompanho tento."
Bagão Félix, in O Benfica
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