"Seleção de Luís De La Fuente é um regalo para a vista e forma um coletivo sólido inserido e numa estratégia correto
Não foi o Euro do contentamento dos portugueses. Contra uma França com grandes individualidades – como Portugal – e um jogo coletivo medíocre – como Portugal – não se podia esperar mais que uma 1.ª parte amarrada, uma 2.ª metade com alguns estímulos e um prolongamento com dois ou três picos de emoção. No desempate através das grandes penalidades ganhou a França porque foi mais competente. Foi, dizem, a melhor exibição de Portugal… Pouco quando comparado com qualquer um dos jogos da Espanha na competição.
Em abstrato, Portugal podia aspirar a mais. Realisticamente, não produziu futebol suficiente para evitar cair nos quartos de final frente a uma França longe do seu apogeu. Invoco a Espanha porque é uma seleção que não inventa e dá prazer ver jogar. Dispensa estudos prévios e ataca o adversário com uma vertigem difícil de controlar. Dos 16 anos de Lamine Ýamal aos 31 de Morata, tudo parece fazer sentido na organização de Luís De La Fuente. Quando a equipa tropeça em exageros aparece Rodri a colocar ordem na casa. Ganharia Portugal à Espanha? Dificilmente. Da mesma maneira, estando onze contra onze, a França corre o risco de ser 'passada a ferro' pelo país vizinho.
A Espanha pode até não se sagrar campeã europeia, mas tem a personalidade que gostamos de ver nas seleções e a matriz de jogo mais atraente do Euro 2024. Tem também um treinador que retira o máximo dos recursos que tem no banco, coisa que Roberto Martínez não soube fazer. Morata, por exemplo, foi substituído nos quatro jogos em que jogou a titular quando a equipa pedia um avançado com energia renovada. Com Portugal aconteceu o contrário e ainda se assistiu a mutações táticas que não ajudaram a construir uma seleção esclarecida e capaz de fazer golos nos três últimos jogos."
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