"Um início de história que se repete. Benfica entra pressionante, retira a posse ao adversário, vai aproximando-se da baliza adversária e quase marca – no caso, com um lance notável de Everton. Num lance inofensivo, erro grave de um dos seus defesas – Otamendi, que vem sendo habitual neste tipo de ofertas – e tudo se desmorona.
Num batatal na ilha plantado, o jogo tornou-se mais difícil tecnicamente. Se Gabriel e Pizzi já mostram dificuldades imensas para decidir e executar rápido para que o jogo possa acelerar, num relvado impróprio para um jogo de futebol pior se tornou o processo de criação dos encarnados.
Valeu as combinações em corredor esquerdo – Tudo o que construiu nasceu nas combinações de Grimaldo e Everton – Os melhores do Benfica em campo, porque erraram muito menos do que todos os outros.
E se Pizzi continua errático na forma como entrega a bola no processo de construção ou criação – Saiu demasiadas vezes para fora ou para os adversários, e outras que encontraram os colegas saíram esticadas de mais e retiraram tempo e espaço – na área foi o homem eficaz de sempre, e ainda esteve no momento defensivo com qualidade – Esforçado e a recuperar a posição e bolas.
Benfica em ataque posicional – Os 4 da frente por dentro da organização contrária
Completamente desconcentrado apresentou-se Luca. Não foi capaz da perícia necessária no gesto técnico, e com isso não ajudou no processo de criação – Se o espaço escasseava, as condições também não ajudaram.
Everton – Grimaldo – Pizzi, foi uma triangulação de sucesso a premear o bom jogo do corredor esquerdo e a capacidade finalizadora de Pizzi; Seferovic – Everton, com o brasileiro com uma recepção de classe a tirar da fotografia adversário direto para resolver o jogo, deixaram marca num jogo mais esforçado que bem jogado.
Chegada ao último terço pelo corredor esquerdo; Gilberto a procurar controlar momento de perda
Gabriel mais capaz nas disputas, mas sempre com decisões que não permitem que a sua equipa esteja tranquila – Fica na retina quando com vários colegas sem opositores perto, força o 1×1, e acaba num 1×3 que só não deu perda perigosa porque acabou por ser assinalada uma falta, num lance que poderia ter custado uma transição potencialmente perigosa.
Numa partida em que o Marítimo foi totalmente inexistente – impressionou como em desvantagem não procurou sequer algo diferente da partida, a vitória do Benfica foi justa, mesmo num jogo de dificuldade de criação. Valeu Everton Cebolinha, assertivo nas decisões, no gesto técnico, e ainda apareceu em ambos os golos da virada."
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