"No Europeu deste ano não vai haver árbitros portugueses. É uma má notícia, depois de, durante vários anos, estarem representados nas principais provas da UEFA e da FIFA.
Esta inversão está em contraciclo com o expressivo e alargado êxito de treinadores portugueses por esse Mundo fora e de jogadores que brilham em clubes europeus e não só.
Não se conhecem as razões para esta lamentável ausência no Europeu em França, tendo até em consideração a presença de juízes de países com bem menor expressão futebolística e a circunstância de haver mais jogos com 24 países em competição.
Mas, pelo que (não) li e (não) ouvi, até dá a ideia de que se trata de um sinal sem significado de maior. Para mim, pelo contrário, revela-se preocupante. Temos vários árbitros internacionais que, certamente, esperariam estar entre os eleitos.
Vendo jogos das competições da UEFA, acho que os nossos árbitros não desmerecem e honram as insígnias que ostentam. O que, por vezes, não compreendo é que, no nosso futebol, são capazes do melhor e do pior, revelando uma insegurança que, lá fora, não têm e onde arbitram com um uso mais comedido do apito e das cartolinas, que aqui abundam exasperadamente.
Também acho que a nova vaga de jovens árbitros se está a revelar como muito promissora, às vezes até bem melhor do que os chamados consagrados e, uns mais outros menos, ungidos na comunicação social. Com a saída de cena de alguns juízes tão sabedores, como espertos e calculistas, esta renovação é um sinal de esperança para se atingir um nível médio de arbitragem mais independente, personalizado e respeitado."
Bagão Félix, in A Bola
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