"Em vários canais de televisão, temos a oportunidade de ver jogos de outros campeonatos europeus. Transmitidos em jeito de overdose, pelo que importa ser selectivo quando o nosso tempo escasseia.
Continuo a eleger o campeonato inglês como o mais espectacular e aquele que representa, mais puramente, a ideia do football association. Não apenas entre os tradicionais candidatos ao título, como também na larga maioria dos encontros, onde há sempre emoção, todos os minutos contam por igual, e os espectadores enchem os estádios e vibram intensamente. Onde verdadeiramente futebol e festa se juntam mais deliciosamente.
Em segundo lugar, situo o campeonato alemão que, sendo aparentemente menos espectacular, é homogéneo, com estádios cheios, e traduz um futebol compacto, mais físico mas também mais organizado e programado. Se, na Inglaterra, há lugar à emoção da espontaneidade, na Bundesliga, há lugar à disciplina da racionalidade.
Em terceiro lugar, ponho a liga espanhola, verdadeiramente espectacular entre os eternos rivais Barcelona e R. Madrid e bom entre mais duas ou três equipas. Mas, fora estas, muito desnivelado. Por isso, não hesito preferindo, por exemplo, um qualquer Southamptom-Everton ou um Leverkusen-Hamburgo a um Celta-Málaga.
Por fim, o italiano. Cinzentão, chato, quase burocrático, sobretudo agora que a Juventus domina como quer, e Milan e Inter andam quase pelas ruas da amargura.
Quanto a ligas mais modestas, acho interessante o tom leve e descontraído das ligas holandesas e belgas. Já a grega é um pastelão, mais recordado pelos recorrentes incidentes nos estádios helénicos do que pelos jogos."
Bagão Félix, in A Bola
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