"Salvador - Quatro canais de televisão transmitem todos os jogos em simultâneo para o Brasil. A «Globo» e a «Bandeirantes» (a «Bande»), talvez levem vantagem sobre a «ESPN» e a «Sportv». Comentários a cargo de jornalistas de renome, de jogadores de categoria, antigos internacionais. Outro mundo! Um mundo de qualidade.
Nem sempre concordo com Jorge Jesus - até discordo dele muitas vezes, o que é saudável. Quando teve a «temeridade» de dizer alto e bom som que havia demasiada gente fora do futebol a comentar futebol, aplaudi. Médicos, advogados, pedreiros, pseudo-escritores: vale tudo em Portugal.
Preocupados, aflitos na defesa dos seus tachos bem remunerados, as madalenas estrebucharam. Reclamam que o futebol é do povo e toda a gente tem o direito de opinar sobre futebol. De acordo. Também me arrogo o direito de comentar transplantes renais, taxas de juros e árvores-de-cames. Mas no café, com uma cervejinha, entre amigos. Se me oferecessem uns milhares largos de euros por mês para falar e escrever sobre supracitadas matérias estaria a ser desonesto. Porque não seu; porque não entendo; porque não estudei nem me dediquei às suas causas e efeitos. A desonestidade intelectual alheia não pode ser preocupação minha. Mas era evitável remexerem no lixo que os soterra. Recebem as ricas maquias e continuem a vomitar alarvidades sobre o jogo mais bonito do mundo. Cada um é livre de ler, ou não, tal lixo. Agora, por favor: poupem-nos à choraminguice bacoca e mazomba tão própria de gente sem espinha."
Afonso de Melo, in O Benfica
Nem mais!
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