"Portugal apurou-se para as meias-finais da Liga das Nações da UEFA, eliminando a Dinamarca. Os dois jogos contra os nórdicos dividiram opiniões quanto ao desempenho da nossa seleção, dos jogadores e do nosso selecionador. Houve mesmo quem antecipasse velhas maldições e o uso da “calculadora” para um futuro breve. Mas, já se sabe, o futebol desperta mais reações e emoções do que qualquer outra modalidade e como nos lembra o historiador britânico Eric Hobsbawn, “a comunidade imaginada de milhões parece mais real do que uma equipa de onze indivíduos conhecidos”.
Mas é legítimo. Nos últimos 25 anos, o futebol português consolidou-se, com mérito, nos topos europeu e mundial. Portugal apurou-se, sucessivamente, para todos os campeonatos do mundo e da Europa. Somos, atualmente, a sexta seleção no ranking da FIFA. Poucas seleções poderão apresentar estes pergaminhos neste século. E poderia, ainda, alongar-me mais nestas apreciações se abrangesse o sucesso das nossas seleções mais jovens.
Dito isto, os jogos diante da Dinamarca (21ª seleção do ranking da UEFA) não foram bem conseguidos. Na primeira mão, em Copenhaga, as fragilidades da nossa parte foram salientes, quer pela estratégia quer pelas exibições individuais. Os números e as estatísticas do jogo não enganam e não fosse a falta de habilidade dinamarquesa na altura de rematar à baliza, aliada a uma boa exibição de Diogo Costa, o resultado teria sido mais pesado. A derrota suave, por apenas um golo, deixou tudo em aberto para a segunda mão.
No jogo em Alvalade, no domingo, melhoramos. Mas o sobressalto foi permanente, durante quase todo o jogo, e só a poucos minutos do fim, aos 86, garantimos o empate na eliminatória. No prolongamento Portugal garantiu o apuramento por 5 a 2, mostrando uma supremacia pouco vista perante uma Dinamarca já muito desgastada.
Agora, resta-nos esperar até ao próximo dia 4 de junho para as meias-finais, na deslocação a Munique, para defrontar a Alemanha. Que o selecionador escolha a melhor estratégia e os melhores jogadores. E que eles respondam com exibições de gala... a que já nos começávamos a habituar."
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