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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Que Dortmund é este amigo!?


"O Borussia Dortmund tem-se consolidado como o segundo clube alemão logo atrás gigante Bayern Munique, e na Europa mostrou uma superioridade notável sobre as equipas nacionais. Na verdade, o Borussia Dortmund tem um registo impressionante de 8 vitórias em 10 confrontos com equipas portuguesas onde se destacam resultados, como por exemplo, goleadas de 5-0 sobre o Sporting e de 4-0 sobre o Benfica, resultados que evidenciaram, à época, a disparidade de nível entre os conjuntos.
Em vésperas do jogo em Alvalade esta discrepância histórica levanta questões importantes sobre as diferenças de competitividade entre as duas equipas em particular, mas também entre a 1.Bundesliga e a Liga Portugal, tanto em termos de abordagem tática, de capacidade física, ou mais importante que ambas, quanto à intensidade competitiva interna das duas ligas.
Sou da opinião que neste momento, nenhuma equipa portuguesa tem essa necessária competitividade para se bater de igual para igual com uma equipa alemã de topo, e isto durante a totalidade dos 90 minutos de uma partida e Champions, quanto mais seria num contexto de liga.
A receita do sucesso alemão, baseia-se em três pilares fundamentais: intensidade constante durante os 90 minutos de jogo, excepcional cuidado com a gestão física dos atletas, e uma mentalidade vencedora cultivada desde os escalões de formação onde é mais tolerada a derrota do que a sobranceria na vitória ou a passividade na gestão de um resultado positivo.
Esta abordagem contrasta fortemente com a nossa cultura futebolística. A frequente falta de resiliência em momentos decisivos advém de leituras táticas conservadoras (estratégias defensivas de gestão de esforço e dos resultados) e de uma ausência da cultura de combate, de "ganhar a todo custo" dentro das regras do jogo, a qual é tão proeminente no futebol alemão, onde se joga tudo até ao último minuto independentemente do resultado, e nem os seus adeptos aceitariam outra abordagem.
"Antes perder a lutar do que ganhar a jogar com o relógio."
O futebol português precisa de uma revolução de mentalidades e na sua filosofia de jogo, para que consiga competir consistentemente com os gigantes alemães. Ou seja, o domínio histórico do Borussia Dortmund sobre as equipas portuguesas não é um reflexo da qualidade individual dos jogadores alemães, muito pelo contrário, mas sim uma clara demonstração da superioridade sistêmica do futebol alemão bem como da sua mentalidade.
Tudo isto se aplicaria no presente, e ao BVB Borussia Dortmund a que estamos habituados, mas não ao da presente época 24/25.
O tal Dortmund que foi modelar nas suas estruturas de scouting e nas suas politicas de gestão desportiva, que foram as pedras de toque para o reerguer deste clube, até à conquista da Champions League no final do milénio passado poucos anos após quase ter declarado insolvência, esse Dortmund exemplar já não existe. De uma politica que privilegiava a extrema estabilidade do grupo de trabalho, passámos este ano para 19 mexidas no plantel (entre entradas e saídas).
É certo que esta época já chegou a ter as 4 primeiras escolhas para o centro da defesa lesionadas ao mesmo tempo, assim como, ainda agora na merecida derrota em casa contra o Estugarda, jogaram com um médio defensivo adaptado a central (Emre Can), e perderam Ramy Bensebaini, novamente por lesão, para o jogo contra o Sporting.
É inteiramente merecido o atual 11º lugar que ocupa na Bundesliga com uma diferença goal average de apenas 1 golo positivo. Mas tal não é fruto da ineficiência do seu ataque, destaco o "diabo loiro" Julian Brandt, extremo de raiz, agora a ocupar um papel mais central no apoio próximo a Guirassy, um avançado completo que tem 9 golos marcados nos seus últimos 8 jogos na Champions League.
Este Borussia Dortmund defende mesmo mal. Uma equipa que tem dificuldade nos momentos de transição defensiva onde os extremos são pouco solidários com os seus laterais, centrais lentos, um grande guarda-redes (Kobel) no pior momento de forma de que me recordo, e um meio-campo defensivo que privilegia em demasia a posse e os passes de rutura a uma circulação mais próxima e fluida, fazem este Dortmund estender-se em demasia pelo campo perdendo a ligação entre linhas no momento da perda de bola.
Em circunstâncias normais, este Sporting limitado nas suas melhores opções, e cansado pelas dificuldades em rodar um melhor onze possível, não seria opositor à altura do segundo maior clube germânico da atualidade, mas se há uma possibilidade real de vencer o Dortmund, é neste jogo em Alvalade.
É certo que o momento não é o ideal para o campeão nacional em título, mas não poderia ser pior para a equipa visitante.
A oportunidade está aí!"

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