"Árbitros decretaram tolerância zero aos treinadores. Jorge Jesus e Paulo Fonseca tiveram o azar de estar no sítio errado à hora errada...
A transparência sempre foi amiga das boas práticas. Como quem não deve não teme, é imperiosa a aplicação do princípio da divulgação de factos no seio da arbitragem. É natural que se tenda a desconfiar daquilo que se desconhece; é normal que, num ambiente obscuro, floresça a intriga, medre o boato e ganhe foros de fenómeno invencível a suspeição. Essas são situações que urge combater, assumindo as melhores práticas. E essas passam, inevitavelmente, pela clarificação, pelas paredes de vidro (salvo seja...) e pela sabedoria associada a tornar público o que não tem razão nenhuma para permanecer escondido.
Como é notório, a arbitragem do futebol em Portugal pauta-se pelos padrões das sociedades secretas, apenas reservadas a iniciados, assentes em regras que escapam aos comuns mortais. Usando esta imagem, pode dizer-se que é imperioso que os árbitros e seus dirigentes abandonem o avental e passem a partilhar com a restante sociedade os quês e os porquês das suas decisões.
Por exemplo, a opinião pública deve ter direito a conhecer os relatórios dos árbitros (como acontece, por exemplo, em Espanha). Para perceber melhor as razões que determinaram certas acções. Quanto mais secretos forem os factos que estiveram na base das expulsões de Jorge Jesus e Paulo Fonseca, maior será a desconfiança dos adeptos. E a arbitragem deve ver este pedido não como uma afronta mas sim como a melhor forma de defender a classe, dessacralizando várias áreas que vivem no obscurantismo. Mas há mais.
É impossível fugir à decisão mais controversa dos últimos tempos, que foi a validação do segundo golo da Académica em Alvalade. Foi bom que Cosme Machado tivesse vindo a público defender as suas razões, ou, não as tendo, pedir desculpa pelo erro... Mostrou que não é nenhuma máquina programada para prejudicar uns e beneficiar outros. Assim, mesmo sujeito à censura e à penalização técnica, terá condições para continuar a arbitrar. Porém, se fosse obrigado ao silêncio, depararia sempre com a desconfiança de jogadores e adeptos, ou seja, ficaria ferido de morte como juiz de campo.
Os árbitros, através da APAF, devem exigir o fim da lei da rolha e a divulgação dos relatórios. Porque o obscurantismo em que se vive não os defende.
Há de facto coisas que não têm explicação...
«Este jogo [Valência, 0-Sp. Gijón, 1] não tem explicação, fomos melhores do primeiro ao último minuto»
Gary Neville, Treinador do Valência
Realmente, coisa sem explicação é a política desportiva do Valência. Nuno Espírito Santo foi sacrificado no altar das guerras internas e, apesar da sua cabeça ter rolado, não se vislumbra ponta de melhoria (antes pelo contrário) no clube che. Gary Neville, óptimo jogador, magnífico comentador, mas treinador sem credenciais, tem estado longe de justificar o lugar.
ÁS
Jonas
O internacional brasileiro leva marcados 21 golos em 20 jogos de campeonato, o que é um registo digno da Bola de Prata e permite que se mantenha na corrida pela Bota de Ouro. Ontem, em Moreira de Cónegos, apontou mais dois golos de fino recorte e mostrou que não é incompatível ser playmaker e matador. Dois em um.
(...)
Grande Campeão
Aos 28 anos, Novak Djokovic já arrecadou mais de 95 milhões de dólares em prémios de torneios ATP, valor que traduz em numerário uma fabulosa carreira. Vencedor da edição de 2007 do Estoril Open, Djokovic conquistou ontem pela sexta vez o Open da Austrália, somando agora onze títulos em provas do Grand Slam. Trata-se, sem dúvida, de um digno sucessor no 'top' mundial de Roger Federer (ganhou no pó de tijolo do Estádio Nacional em 2008), o melhor jogador de todos os tempos, que aos 34 anos se mantém como número três do mundo...
Começou o 'countdow' para o Super Bowl
É já no próximo Domingo que o Levi's Stadium, de Santa Clara, nos arredores de São José, Califórnia, vai ser palco do Super Bowl 50, a final do campeonato norte-americano de 'football', que vai colocar frente a frente os Carolina Panthers e os Denver Broncos e movimentar verbas astronómicas. A não perder..."
José Manuel Delgado, in A Bola
PS: O Delgado está a ser muito ingénuo! Mais uma vez...
Como o post de hoje do Antitripa ilustra, esta época (já para não falar das anteriores... em momentos muito mais decisivos), os árbitros tiveram muitas oportunidades para pedir 'desculpa', e não o fizeram...
A única razão que os levou a fazer agora, foi a pressão monstruosa que os Lagartos estão a fazer sobre tudo e todos, dentro e fora dos relvados... A teoria das boas intenções, não colhe.
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