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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Máquina de golos

"A capacidade de realização do Benfica definiu novo capítulo em Moreira de Cónegos, com mais uma goleada a sustentar a máquina. Décimo triunfo consecutivo para as águias e mais um resultado robusto - já começa a ser corrente e já começa também a ficar evidente que os leões terão de olhar com grande respeito e atenção para trás...
Muito provavelmente, o Benfica joga agora o futebol mais vistoso em Portugal e atingiu essa aspiração quase sem dar-se por isso. Há não mais de três meses duvidava-se seriamente que a águia pudesse chegar aos patamares que agora atingiu e colocava-se sobretudo em causa a capacidade dinamizadora de Rui Vitória. Seria ele o homem certo?
Claro que é. É-o no sentido de ser não apenas bom treinador como também personalidade intelectualmente honesta e responsável. Certo que no futebol encurvado e provocador de hoje ser correto é ingrato e talvez demasiado arrojado, mas até nesse aspecto Rui Vitória conquistou créditos. Não é um agente provocador nem se coloca em bicos de pés e vai deixando o trabalho falar por ele. Um treinador não necessita de dizer umas piadas, nem de ser agressivo para conquistar plateias e muito menos de reivindicar para ele os bons resultados. Rui Vitória passa ao lado disso tudo e para além do mais tem outra virtude que o distingue: ganhou independência.
Certo é que o momento global do Benfica é muito bom e Rui Vitória conquistou por fim a onda que andava a perseguir. E tem com ele equipa forte e concretizadores terríveis. Jonas marca quase sempre e se o brasileiro não está perto do golo há ainda Mitroglou. Ou Pizzi ou ainda Gaitán ou Jiménez. Gradualmente, o Benfica cresce e Rui Vitória destapa-se. Nada reclama, mas muito desta águia pertence-lhe largamente."

Carlos Vara, in A Bola

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