"É incompreensível que a Assembleia da República repita, os erros e asneiras terminológicos, utilizados pelas pessoas do âmbito do futebol profissional
No “Correio da Manhã” de 11/Março/2017, podia ler-se acerca do tema que o “Desporto”, leia-se futebol profissional, vai ter penas mais duras para casos de corrupção, e não para outras fraudes que se passam no futebol profissional, que, como é sabido, não é Desporto, já que este é amador, o profissional é apenas um emprego, um modo de vida.
Falava-se, há pouco tempo em corrupção na arbitragem, agora fala-se na acção dos jogadores, que podem combinar jogos para receberem verbas chorudas de “gangues”.
Também no diploma, se admite a “suspensão de um agente desportivo como medida de coacção, perante o perigo de continuação da actividade criminosa”. Quer isto dizer que o Parlamento fez aprovar uma Lei sem perceber sequer que o “desporto profissional não é desporto, e que, esse, a que eles chamam “desporto” pode estar infestado de criminosos!!!
Ora, nós, que sempre vimos o Desporto como um acto cultural, e 100% gratuito, não percebemos, nem aceitamos, a ignorância do Parlamento português , onde, em teoria, estaria a “nata” do pensamento da Nação !!!
Ligados com consciência, à Actividade Física Amadora, há 76 anos, nunca ouvimos falar em crimes e em criminosos no Desporto!, só que a terminologia que o Parlamento usa está errada e revela grande falta de preparação cultural, nesta área.
Era importante, neste momento, que a Federação de Futebol Profissional, adoptasse uma linguagem clara, e verdadeira, para que não se pudesse confundir uma coisa com a outra, até porque o Desporto Amador faz parte da nossa cultura enquanto que o “Futebol Profissional” faz parte dos Espectáculos Desportivos Profissionais, ou seja, uma actividade comercial e industrial, com empresas, com contabilidade organizada, pagando impostos, comprando e vendendo jogadores e vendendo bilhetes para os espectáculos.
Tudo isto não tem nada que ver com, por exemplo, o Ginásio Clube Português, com o Ateneu Comercial, com o Lisboa Ginásio Clube, com o Triângulo Vermelho Português, etc..., etc.
O que queremos dizer é que é incompreensível que a Assembleia da República, como Orgão de Soberania, repita, os erros e asneiras terminológicos, utilizados pelas pessoas do âmbito do futebol profissional, que, como é sabido, é um sector de baixo nível de literacia.
É pena, pois ali devia estar a “nata” da Nação, e se não está, há que trabalhar no sentido de reparar tal lacuna, para que se não diga, que ali o que está é o “povo unido”, ou ainda pior, parte do povão, ou os “deserdados” da Nação!
A Assembleia é legislativa, elabora leis, mas também precisa de pensamento político e social, mas os juristas só tratam das leis não tratam dos problemas da imagem do próprio Parlamento que nesta Lei de Corrupção no Futebol Profissional, e não no Desporto, fica muito mal visto , ou seja, ali estão pessoas sem qualquer formação adequada a tratar desses assuntos específicos, de tal forma, que nem percebem a diferença entre Desporto e Futebol Profissional.
É de facto constrangedor, para um sociólogo do desporto, com formação política, social e antropológica, para além de cinesiologista, ver a forma primária como a sua Assembleia da República, trata estes temas, baixando o seu nível, de tal forma, que já nem a língua sabem proteger, ou seja, a nossa identidade cultural.
Sugere-se que o Dr. Ferro Rodrigues contrate um assessor “pro bono”, para o aconselhar e não o deixar fazer essas figuras tristes."
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