"Frente às colossais catalães, campeãs da Europa que chegaram ao Seixal com 22 triunfos em 22 jogos na época, as águias empataram (4-4), escapando-lhes um triunfo devido a um golo das culés aos 96'. Seguem-se os quartos-de-final
Era a visita de uma constelação de estrelas. Do Barcelona, das campeãs da Europa em 2021 e 2023, de uma equipa que tinha 22 vitórias em 22 encontros da temporada, de um coletivo com Lucy Bronze, Keira Walsh, Caroline Graham, Aitana Bonmatí e tantas, tantas estrelas.
Apesar da valia da adversária, o Benfica superiorizou-se. As águias jogaram nos limites, arrancando um empate (4-4) que, na teoria, deveria saber a vitória, mas que tem um toque amargo: as campeãs nacionais fizeram o 4-3 aos 81' e estiveram na frente até aos 96', quando Lucy Bronze, que até tem antepassados portuguesas, empatou de cabeça.
É um desfecho de alto nível para uma fase de grupos histórica, em que o Benfica se tornou na primeira equipa portuguesa a superar esta fase da competição. O Barcelona fica com o primeiro lugar do grupo, com 16 pontos, mais sete que o Benfica. Atrás, com menos dois pontos que a equipa de Patão, terminou o Eintracht Frankfurt, com o Rosengard em último, com um ponto.
O sorteio dos quartos-de-final será a 6 de fevereiro, havendo primeira mão a 19 ou 20 de março e segunda a 27 ou 28 do mesmo mês. O Benfica defrontará uma das equipas vencedoras de grupo, à exceção do Barcelona: Lyon, PSG ou Chelsea, disputando a primeira mão em casa. A final está marcada para o San Mamés, em Bilbao, a 25 de maio.
Com casa cheia no Seixal, a noite nem começou nada bem para o Benfica. As catalães entraram autoritárias, aproveitando alguns equívocos das locais, e aos 20' já venciam por 2-0. Primeiro foi Caroline Graham, a elétrica norueguesa, a abrir o ativo, e depois foi Patri Guijarro a ampliar a vantagem para as visitantes.
Os ecos dos embates recentes, com triunfos gordos das culés — 9-0 e 6-2 na Liga dos Campeões passada, 5-0 na primeira volta da atual —, poderiam vir à memória, mas as águias não quiserem saber do passado e, correndo atrás no marcador, partiram para uma exibição épica.
Aos 26', a canadiana Alidou fez o 2-1, levando o desafio empatado para o descanso com um bom cabeceamento, a passe de Andrea Falcón, aos 45'.
Apesar de já ter o primeiro lugar do grupo A garantido, o Barcelona levou a visita ao Seixal com toda a seriedade, como ficou claro com a reação no arranque da segunda parte e nos minutos finais do encontro. Aos 54', Mariona Caldentey, sempre de rendimento regular, assistiu Caroline Graham para o bis da norueguesa e para devolver vantagem para as blaugrana.
Novamente a correr atrás do prejuízo, vieram os melhores minutos da noite para o Benfica. Jéssica Silva, que fez uma grande exibição, empatou aos 71', 10 minutos antes do 4-3, num auto-golo de Bronze.
O Barcelona lançou-se rumo à baliza das da casa. Lena Paules, a alemã que guarda a baliza das águias, fez várias defesas incríveis, adiando o 4-4, que chegaria quase no último lance da partida, numa finalização de Lucy Bronze após canto de Claudia Pina da direita. A vitória escapou, mas o aplauso de pé do Seixal evidenciou o nível a que o Benfica atuou."
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!