Últimas indefectivações

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O verbo e a verba (II)

"Cardozo tem sido dos jogadores mais úteis no Benfica dos últimos anos. Li ontem que está na lista (da UEFA) dos melhores 26 jogadores 2012/13. Avançado com assinalável número de golos, duas vezes Bola de Prata, o que no SLB já não acontecia desde 1991 com Rui Águas! Tem outra característica: está na fronteira entre o jogador que é possível reter no plantel apesar de cobiçado por outros clubes. Não é um ás do tipo chega e adeus, nem um cepo de custo elevado e fraco rendimento.
O seu gesto no final da Taça foi lastimável e deve ser exemplarmente punido. Um acto surpreendente, porque a ideia que se tem do jogador é mais de apatia do que de rebeldia. Mas o que aconteceu desde o Jamor? Que se saiba não houve qualquer procedimento disciplinar. Antes a catadupa de condenações mediáticas sem direito a defesa, por parte de dirigentes e técnicos. Ou seja, muito verbo. Acontece que tanto verbo associado à pelo menos implícita decisão de venda sem apelo nem agravo, acaba por ter um efeito contraproducente: desvaloriza o que agora se chama um activo do clube. Em suma: quanto mais verbo, menos verba. Apesar da meritória teimosia do presidente em não o ceder por baixo preço.
Repito: Cardozo merece uma punição exemplar. Mas no silêncio da gestão do clube. Se sai ou não sai, logo se verá.
Duas notas finais: 1ª) Se o avançado merece ser sancionado, não deveria também ser punido todo o grupo que, num gesto inqualificável de descortesia, abandonou o relvado quando o Vitória recebeu a Taça? 2.ª) Não foi um tal Kelvin (que veio a decidir a Liga) que teve um gesto de grande indisciplina no Porto B (também filmado) resolvido internamente?"

Bagão Félix, in A Bola

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