"Com o aumento do IVA de 6% para 23% no preço dos bilhetes dos espectáculos, o sacrifício financeiro pedido aos adeptos do futebol só se torna legítimo se houver uma significativa melhoria na qualidade do espectáculo proporcionado.
Para que o futebol, em Portugal, fosse verdadeiramente um espectáculo teria de se garantir que um jogo de futebol não estava viciado à partida. Os exemplos das últimas décadas mostram-nos que só os mais crédulos (ou convenientemente inocentes) acreditam que a competição futebolística em Portugal não está ferida na credibilidade. Os exemplos são muitos e quotidianos. Dizia-me recentemente um ex-delegado da Liga que desconfiava ter sido demitido do cargo por se ter recusado a “ajeitar” um relatório de acordo com o pedido que vinha de um conhecido dirigente. O “jeito” no relatório seria em abono de uma equipa de arbitragem cujo chefe de fila está actualmente em alta no mundo do futebol.
Coincidentemente, numa entrevista recente, o árbitro Pedro Proença – em plena campanha de lavagem de imagem e de memória dos seus sucessivos erros em prejuízo do Benfica e benefício sistemático de quem se “ajeita” no futebol português há umas três décadas – enviava recados, alfinetadas e avisos à Direcção Benfica e aos benfiquistas. Ficou muito claro o espectáculo que a arbitragem portuguesa, com o Proença à cabeça, está a preparar para os jogos do próximo campeonato.
De facto, com a dita subida do IVA não se está a taxar a paixão pelo espectáculo de futebol, está-se a taxar a paixão pelo clube… a única que ainda nos leva a ver futebol em Portugal."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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