"As recentes hospitalizações de Eusébio têm provocado legítima preocupação entre os benfiquistas e outros adeptos da causa do Futebol, ou não estivéssemos na presença do desportista mais emblemático do século XX português. Em contacto directo, dia após dia, tenho acompanhado com a maior dedicação e afecto o estado de saúde do Pantera Negra, amigo de longa data e meu ídolo de infância.
Há dias, num festim com luso-descendentes, responsabilizei, sem quaisquer reservas, as autoridades políticas nacionais por descurarem os feitos relevantes de Eusébio a Portugal.
Como é possível que a vida do popular e fantástico jogador não esteja ao alcance dos mais novos nas bibliotecas dos estabelecimentos de ensino? Quem como Eusébio, nos anos mais recentes, colocou Portugal no mapa mundial, dando-lhe até uma componente afectiva, para mais numa altura em que por cá o regime autoritário e obsoleto era internacionalmente ostracizado?
Eusébio merecia, Eusébio merece, Eusébio merece cada vez mais. Os jovens, ou até menos jovens, que hoje se deliciam com as proezas da geração de Cristiano Ronaldo, têm o direito de conhecer (conhecer bem) a vida de Eusébio. Garanti-lo compete às autoridades governamentais, já que o Benfica tem feito, meritoriamente, a sua parte. E não venham dizer que a crise, a tão propalada crise, obsta a que um projecto sobre Eusébio, direccionando a um público infanto-juvenil, faria disparar o famigerado défice.
'Eusébio é um pedaço da História de Portugal; que se estude nas escolas!'. Apesar de biógrafo oficial de Eusébio, a frase nem é minha. De quem é? De um tal José Mourinho."
João Malheiro, in O Benfica
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