"Percebe-se agora porque é que o futebol tem de ter códigos e órgãos de disciplina próprios, independentes dos do foro ordinário. De outro modo, seria o caos. Peguemos no caso Calciopoli, iniciado e concluído em 2006, que teve como consequências mais visíveis a despromoção da Juventus à Serie B e a penalização em pontos do Milan e da Fiorentina. Passaram-se cinco anos(!) e só agora é que o processo na justiça comum, que começou na mesma altura no tribunal de Nápoles, chegou ao seu termo. Nem tudo foram coincidências nas sentenças proferidas de um lado e outro, o que obriga a Federação a rever algumas das suas decisões. A mais relevante de todas é a que implica no escândalo também o Inter, que não havia sido apanhado nas malhas das instâncias desportivas. Tendo, porém, em conta que as transgressões para os agentes desportivos prescrevem ao fim de dois anos e para os clubes ao fim de quatro, nada lhe acontecerá em termos disciplinares. Mas o mesmo, ao que parece, não se irá verificar no que toca ao scudetto de 2005-2006, que como se sabe, lhe foi atribuído na secretaria pelo comissário federativo Guido Rossi, depois de dele ter despojado a Juventus. Não será concedido a ninguém, como em 2005. A perspectiva aterra Moratti que já anunciou que, se isso suceder, apelará para todas as instâncias até ao Conselho de Estado, uma espécie de tribunal constitucional. A resposta virá no próximo dia 18.
A Roma pertencia à família Sensi há 18 anos, desde 8 de Novembro de 1993 até 29 de Junho de 2011. Nela delapidou uma fortuna: hotéis, terrenos, depósitos de armazenamento de combustível... Centenas de milhões. Dela saiu sem um tostão mas com muitas lágrimas. Foi na última quarta-feira. Desde a morte do patriarca Franco, em 2008, era governada só por mulheres. Algumas de fibra como a presidente Rosella Sensi. Do conselho de administração faziam parte a mãe, uma tia e as duas irmãs."
Manuel Martins de Sá, in A Bola
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