"Não é a primeira vez que, publicamente enalteço atitudes e posições de cidadãos, não benfiquistas e crítico correligionários clubistas.
Quero, deixar aqui, a minha admiração pelo carácter e coragem com que o cidadão Jorge Gabriel, sportinguista, escreveu a sua crónica num dos jornais desportivos nacionais, diário, a propósito das famigeradas escutas.
Sem medo de escrever, 'nojento' é o teor das escutas e não o acto das mesmas, ajudou a engrossar a coluna dos que fazem, da seriedade, da verdade e da verticalidade, não simples figuras de retórica, mas uma prática, da qual a sua defesa faz parte, seja em que circunstância for.
Ao contrário de outros, que lamentavelmente, fazem como Pilatos ou, em casos piores, fazem como o avestruz:-Não é nada comigo, não é nada comigo! Jorge Gabriel toma as rédeas da pena pelo seu pensamento e não pactua com a enxovia e a pocilga em que o futebol português e a vida nacional em geral se transformou nos últimos 30 anos.
É vergonhoso que alguém discuta a forma como são descobertos crimes em vez de conteúdo e teor dos mesmos.
Triste País, onde uma verdade, ignóbil passa incólume e se defende a contravenção com o argumento 'do respeito, pela privacidade das pessoas'. Chegamos portanto à conclusão que quem foge aos impostos tem direito à sua privacidade, tal como um ladrão ou um assassino, afinal de contas tudo isto são actividades íntimas, que não devem chegar ao conhecimento popular. Barroso, Ferreira, Costa, Moreira, Pôncio, Ernesto, Aguiar estão 'chocados' por se escutar. Os portugueses a sério como o Jorge Gabriel estão em estado de choque, com o que lá se ouve e o país está perdido."
António Melo, in O Benfica
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