"O novo seleccionador nacional, Paulo Bento, exigiu aos jogadores seleccionados 'atitude'. É uma palavra oportuna e mobilizadora, embora queira dizer tudo e não queira dizer nada. Eu, porém, faço questão de a entender de uma forma afirmativa e motivadora. Quem toma uma atitude, vai muito mais longe do que o patamar da comtemplação e da resignação, dizendo não ao mero cruzar de braços como sinal de conformismo.
Reconheço com Paulo Bento essa interpretação da palavra 'atitude'. Ele quer os jogadores a darem tudo por tudo, a arriscarem tudo e a irem à luta com determinação e estoicismo. E já que estamos a comemorar o Centenário da República, que haja, da parte de quem tem honra de defender e representar as cores nacionais, brio bastante para estar à altura de quem, há 100 anos, marcou indelevelmente a História de Portugal.
Mas voltemos ao sentido e à força da palavra 'atitude'. Penso nos jogadores do Benfica e sinto que ela está presente na prestação semanal de praticamente todos os que entram em campo. Mas permito-me destacar dois, pela sua fibra, profissionalismo e combatividade, convicto de que, citando-os, não excluo ninguém mas exalto e que os melhores têm de melhor. Falo de Fábio Coentrão e Carlos Martins, ambos convocados para a Selecção Nacional. São dois excelentes exemplos de 'atitude' pela forma empenhada e generosa como estão em campo, não se furtando às situações de risco, não temendo os embates mais duros, nunca perdendo a baliza de vista e tendo a consciência clara de que o jogo só termina quando o árbitro dá o apito final. Aí estão dois excelentes exemplos de 'atitude'. Haverá que isso só acontece porque atravessam um óptimo momento de forma, Mas é muito mais do que isso. Há quem ponha o coração no relvado e quem ponha só o talento, os músculos e a técnica. Quem põe o coração chega mais facilmente ao coração de quem assiste, aplaude e torce pela vitória."
José Jorge Letria, in O Benfica
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