Últimas indefectivações

domingo, 17 de junho de 2018

Espanha não me assusta desde 2010

"Finalmente, o Mundial! Portugal entra já hoje (sexta-feira) em cena para defrontar Espanha. O duelo é exigente, mas a vitória está perfeitamente ao nosso alcance. Calma, estimado leitor. Não subestimo a selecção espanhola de maneira nenhuma. Reconheço-lhe competência, qualidade e experiência. Ainda assim, concordará comigo que recordar 2010, quando cilindrámos uma Espanha campeã da europa e do mundo por 4-0, enche a alma de confiança. Não se espeta quatro batatas no bucho de um campeão mundial todos os dias, porém, este optimismo não advém exclusivamente do resultado - até porque, em jogos no Estádio da Luz, estou habituado a ver a equipa da casa golear.
A crença está assente, sobretudo, na ficha de jogo dessa noite. Portugal não esmagou simplesmente os espanhóis por 4-0. Portugal esmagou os espanhóis por 4-0 com um bis do Hélder Postiga, um golo do Hugo Almeida, João Pereira e defesa direito e Paulo Machado em campo a tempo de festejar o último golo. Se com esta mão-de-obra foi possível despachar sem dó nem piedade uma Espanha campeã do mundo, agora, de torno europeu em posse e contra uma Espanha menos cotada, espero um triunfo nunca abaixo de 8-0. Todavia, fazendo uma análise fria e realista, tenho consciência que não será assim. Olhando para o registo de há dois anos em França, é bem mais provável o jogo terminar empatado 8-8.
O entusiasmo é elevado, no entanto devo confessar que me apercebi de uma terrível adversidade que me deixou apreensivo nos últimos dias. Em apenas dois anos, a espinha dorsal portuguesa foi completamente desfeita. Basta ver que o clube que cedeu mais jogadores à selecção nacional em 2016, este ano não fornece nenhum."

Pedro Soares, in O Benfica

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