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sexta-feira, 20 de março de 2015

Roma ardeu mas o Benfica não

"Existem várias versões sobre a causa do incêndio em Roma que se verificou no ano de 64 DC.
A versão mais contada da sua causa, é a de que os moradores que habitavam as construções de madeira, usavam do fogo para se aquecer e se alimentar. Por algum razão o fogo se alastrou.
Para piorar a situação, ventos fortes arrastavam o fogo pela cidade.
Outra versão famosa, é de que o imperador Nero teria ordenado o incêndio com o propósito de construir um complexo palaciano, já que o senado romano havia indeferido o pedido de desapropriação para o obra.
Há ainda a versão, concebida por romancistas cristãos pósteros que, a, atribuindo ao imperador a condição de demente, pretendem que ele provocou o incêndio para inspirar-se poeticamente e poder produzir um poema, como Homero ao descrever o incêndio de Tróia.
Segundo algumas fontes, enquanto o fogo consumia a cidade, Nero contemplava o cenário, tocando com a sua lira.
Esta cena é retratada no romance 'Quo Vadis'.
Todavia, o facto de, posteriormente, ter usado os seus agentes para adquirir, a preço vil, terrenos nas imediações do seu palácio, com a sua provável intenção de ampliá-lo, tornou-o suspeito, junto do povo, de ter responsabilidade no sinistro.
Cá no nosso Burgo, o MP arquivou o inquérito sobre o incêndio na bancada do Estádio da Luz.
Ora, isto não significa obviamente que a investigação tenha andado mal, até porque o mesmo processo foi arquivado por não se terem descoberto os seus autores, já que o incêndio é impossível de se desmentir. Mas esta realidade também não implica necessariamente que o processo não possa ser reaberto.
Os Benfiquistas não se devem esquecer disto.
Hoje, como amanhã e ontem, temos de fazer um rewind de todos os elementos que nesse dia saíram do Estádio de Alvalade, um grupo muito pequeno, constituído por 18 pessoas, em direcção ao Estádio da Luz e que fizeram questão de tirar fotografias.
Essas mesmas fotografias, foram-me fornecidas na altura por um elemento dissidente do grupo e constará dos meus registos eternos.
Confesso que não sou delactor e não me compete proceder a investigações aprofundadas sobre as situações que acontecem, sendo certo que também sei quem acabou por receber os homens da investigação no Estádio José Alvalade quando estes foram à procura de matéria incendiária, ou melhor, de eventuais 'acendalhas'.
Tenho pena de constatar que um grande treinador português tenha feito parte desse grupo que consta da fotografia mas também nada garante nada contra ninguém, e muito menos eu que não sou Policial.
A vida é como é e a cada um o seu galho, ou como sói dizer-se, a cada macaco o seu galho!
Penso no entanto que poderão estar reunidas as condições para se investigar de forma mais profunda, os autores morais de tão ignóbil tragédia. A ver vamos!"

Pragal Colaço, in O Benfica

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