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sábado, 13 de janeiro de 2024

Rafael Nadal reapareceu


"Nadal esteve um ano afastado dos courts por lesão. Voltou, após 16 ausências por lesão, regressou pela décima sétima vez. Provavelmente será o seu último ciclo, em Junho fará 38 anos. Chegou aos quartos-de-final no Torneio de Brisbane, na Austrália, como ensaio para o Open da Austrália. Porém teve nova lesão, perdeu o encontro com J. Thompson e não vai à Austrália.
Fico triste, é alguém que gosto de ver jogar, assim como gostava de ver Federer. Djokovic é um caso à parte de longevidade com poucas lesões. Seria tão interessante ver, de novo, Nadal contra Djokovic e Alcaraz. Nadal no seu íntimo também quer que isso possa acontecer.
Terá que ficar para uma próxima. Talvez em terra batida, o seu habitat natural! A sua nova lesão não é assim tão preocupante, pois nada tem que ver com a sua anterior lesão, uma boa notícia para que volte a reaparecer. Quando se está ausente muito tempo, o corpo ressente-se de um esforço continuado.
Qualquer atleta tem um inimigo invencível: a passagem do tempo. Um atleta tem que o enfrentar, uns conseguem melhor outros pior. Todavia, no final sabem que vão perder.
Nadal está a procurar retardar ao máximo o seu ocaso e pendurar a raquete e as sapatilhas. Vamos ver se o consegue fazer, na medida do possível e encerrar em grande.
Admiro a sua tenacidade e vontade inquebrantável. O ténis precisa de Nadal, a saída de Federer deixou um vazio assinalável.
Nadal, nos dois primeiros encontros, teve um bom desempenho, nem parecia que tinha estado inactivo por lesão cerca de um ano.
Pelo que me parece desta vez o seu regresso avizinha-se um pouco mais complicado. Está mais velho, o seu corpo nem sempre responde e tem que jogar com jogadores mais novos, ávidos de vitórias.
As suas chances de ter sucesso nos encontros passam por mudar a sua estratégia de jogo. Ele vai ter que encurtar as trocas de bolas para não se desgastar tanto. Certamente este é o seu propósito. Não sabemos se será suficiente, é uma dúvida que será esclarecida nos próximos meses.
Nadal não se move por dinheiro ou títulos, já ganhou tudo que tinha para ganhar e vive muito acima de qualquer mortal. Todavia o prazer de jogar, a sua alegria no jogo faz parte da sua vida e dá-lhe um sentido.
Nadal está noutra fase da sua carreira, mas ainda tem muito que dar aos seus seguidores e a ele próprio.
Rafael Nadal tem todo o direito a decidir quando deve dizer adeus ou continuar para nosso gáudio."

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