"Escrevendo ainda antes dos jogos desta semana dos 1/8 da Champions, constatam-se, sem dificuldades, erros grosseiros nas arbitragens. Sobretudo, na notável remontada do Barcelona, escandalosamente beneficiado pela arbitragem. Entre vários erros, basta citar um que mudou toda a história da eliminatória: um penálti assinalado ao minuto 90 por completa batota de Suarez. Mesmo admitindo que o árbitro pudesse estar mal colocado, o árbitro assistente e, sobretudo, o árbitro da linha de cabeceira tinham todas as condições para não se deixarem ludibriar pelo artista uruguaio que, em abono da justiça, deveria ter sido admoestado com um cartão.
Na partida em Dortmund, o árbitro não foi suficientemente corajoso para expulsar (segundo amarelo) o talentoso Dembelé, quase no fim do 1.º tempo. Poder-se-á argumentar que, já na 2.ª parte, também Samaris obteve a mesma condescendência do juiz da partida, mas nada garante que esta situação tivesse ocorrido com o Borussia já com 10 jogadores.
O certo é que, no fim do jogo, nem dirigentes, nem treinadores, nem jogadores se concentraram nestas e noutros erros, ou se o fizeram (como o técnico do PSG) foi com muita, mas mesmo muita cautela e diplomacia.
Imaginemos estes jogos no nosso campeonato, com os clubes grandes. O que já se teria dito, discutido, insinuado, suspeitado, analisado de mil e uma maneiras, chantageado!
Pois é: com a UEFA muito respeitinho porque as consequências são bem pesadas. Por cá, o regabofe porque, no fim de contas, são umas multinhas ou uns dias sem ir fisicamente para o banco, mas com as redes sem fio a funcionar em pleno."
Bagão Félix, in A Bola
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