"Começou ontem a disputar-se a 21.ª jornada da Liga. A contagem decrescente está activada e a partir daqui mais importante do que saber quantas se realizaram é contar as que falta cumprir, na medida em que, dada a rara e empolgante corrida a três pelo título, fica cada vez mais apertado o campo de manobra para diluir as consequências de eventuais tropeções. E quanto mais perto estiver a linha de meta melhor se avaliará a diferença entre quem desfruta o prazer de olhar para baixo e quem tem de sujeitar-se ao incómodo de olhar para cima, ainda que o desnível pontual seja pouco expressivo. É verdade que sim, mas enquanto quem tem seguido na frente pode dar-se ao luxo de um desempenho menos conveniente, os que o perseguem estão obrigados a facturação máxima em todos os jogos, sem garantia de, mesmo assim, alcançarem o objectivo supremo. Porque caso o leão vença nesta jornada, se não der sinais de cansaço e repita a nota positiva no campeonato dos três (vitórias sobre Benfica e FC Porto na primeira volta), águia e dragão, que se reencontram dentro de uma semana, estarão destinados a missões pouco possíveis...
O Benfica, cabendo-lhe o teste mais complicado, foi o primeiro a subir ao palco, no Restelo, e fê-lo com a classe e a autoridade que o caracterizam: outra chuva de golos (59 em 21 jogos, média fantástica de 2,81!) e a liderança na classificação até, pelo menos, segunda-feira. Amanhã é a vez do FC Porto receber o Arouca, em noite despida de sobressaltos, e no dia seguinte cabe ao Sporting defrontar o Rio Ave, igualmente com grau de dificuldade moderado. Mas em matéria de previsões o futebol é como o tempo: nem sempre acontece o que promete. Fica o aviso à navegação..."
Fernando Guerra, in A Bola
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