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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Alarme na Luz: perigo amarelo

"Meia equipa à beirinha de exclusão, problemão nos 3 jogos antes do dito dia D... (ou até nesse...). Aqui reside a maior esperança portista.

Corrida pelo título apenas a oito passadas da meta e distância encurtada entre os dois protagonistas que podem, e tanto desejam, receber louros de campeão. Tropeçar é-lhes definitivamente proibido. Ou como isto está de gritos!
Tem-se falado do calendário que resta a Benfica e FC Porto, com decorrente análise de qual deles terá mais difíceis obstáculos. Muito subjectivo, até por já haver provas de flagrante erro nas opiniões que os consideravam intraváveis por adversários por adversários deles tão distantes em capacidade, como, é verdade, a classificação tão vincadamente expressa (até o SC Braga, tão cómodo no 4.º lugar, já a 15 pontos do FC Porto e a 18 do Benfica...). Ora essas recentes provas do contrário chamam-se Paços de Ferreira e Rio Ave (ambos derrotaram o líder), Marítimo e Nacional (vitória e empate enfrentando supostas labaredas do dragão).
Com muito maior firmeza se tem dito que a chave do título estará no directo confronto entre ambos, no estádio da Luz, daqui a 4 jornadas. Bem provável, mas não certeza. Depende de, sim ou não, ao Benfica bastar empate; que é como quem diz de o FC Porto ter de vencer e de, sim ou não, ter de fazê-lo por diferença de 2 golos, no mínimo. Em qualquer dos casos, ainda ficando a faltar 4 passadas...
Em primeiro lugar: depende do que acontecer até lá... Que programa antes do choque directo? Benfica recebe Nacional e Académica e visita Belenenses. FC Porto joga, em sua casa, com Estoril e Académica, pelo meio vai ao terreno do Rio Ave. Parecem equilibrados no grau de dificuldades, não assustador (Belenenses e Rio Ave estão lado a lado, a 1 ponto do 6.º lugar). Grande diferença: neste espaço de tempo, o FC Porto terá dois jogos com o Bayern, decidindo acesso ao tão prestigiante e lucrativo luxo e meia-final da Champions. Desgaste físico inevitável. Num ápice ultrapassado por fabuloso choque vitamínico se o FC Porto cometer a proeza de eliminar um dos gigantes europeus/mundiais.
Intensa expectativa: neste decisivo Abril, como irá o FC Porto analisar a gerir prioridades entre ataque à fortaleza do colosso alemão (dificílimo levar a melhor) e aposta em recuperar o título nacional, seu máximo objectivo da temporada (sobretudo para não consentir Benfica bicampeão).
Neste momento, total responsabilidade de cortar a grande meta nacional como campeão é do Benfica. Por ter avanço de 3 pontos (eventualmente equivalentes a 4, face ao 2-0 do seu triunfo no Dragão), por disputar no seu estádio o dito jogo do título e, ainda, por não ter qualquer desgaste extra campeonato... Nestas privilegiadas condições, perca do título daria terramoto na Luz

Porém, convirá colocar foco no intenso perigo amarelo que alastra sobre o Benfica e muitíssimo o ameaça nas próximas semanas (crucial no jogo com o FC Porto incluído). Num plantel com quantidade de qualidade bem inferior ao portista, a densidade de importantes jogadores à beirinha de disciplinar exclusão é enorme dor de cabeça para Jorge Jesus. Para além de não poder contar com Luisão depois de amanhã, tem os defesas laterais Maxi e Eliseu, o médio Samaris e os avançados Salvio e Jonas no limite de cartões amarelos. Meia equipa, 5 titulares e logo estes... Impossível passarem incólumes por 3 jogos antes do tal dito dia D (e o despique imediatamente anterior será em casa do Belenenses).
Que gestão deste problemão irá Jorge Jesus fazer? Decerto não arriscará poupar alguém perante Nacional que está em fase ascensional e até acaba de empatar com o FC Porto. De segunda, face a Académica com espectacular pedalada nas últimas semanas e na visita a Belenenses quiça ainda com sonho europeu, que capacidade para vencer sem quase meia equipa?
Ora Benfica que entre no directo confronto com o FC Porto não dispondo da actual salvaguarda de 3 pontos estará num fiozinho de débil arame... Aqui reside a maior esperança portista: os próximos 3 jogos deste Benfica sob alarme de tremendo perigo amarelo."

Santos Neves, in A Bola

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