"Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Nem a pré-época poderia prenunciar o descalabro, nem a goleada frente ao Estoril poderá garantir o tri. Como disse Rui Vitória -com o bom senso que o caracteriza -, o triunfo na 1.ª jornada do campeonato foi apenas isso: um triunfo, embora com o extra de ter sido por 4 golos de diferença (três deles bem bonitos) e sem sofrer algum. Fechada esta página, é como sublinha o técnico encarnado, uma vez mais com toda a propriedade: "'Este caminho tem muitas etapas'.
Vitória terá de se preocupar mais com o futuro do Benfica do que nós. Por isso, detemo-nos naquilo que se passou ontem na Luz: Por um lado, assinale-se a capacidade de resposta que foi dada à onda de desconfiança que se criou à volta da equipa. E essa resposta veio primeiro dos adeptos que encheram a Luz e foram inexcedíveis no apoio. Depois, da equipa. Montada em 4X4X2, com vontade de fazer depressa e bem, mas além de a pressa ser muitas vezes má conselheira também houve uma equipa do outro lado que só se desmoronou no último quarto de hora. Finalmente, a resposta do banco. E a duas dimensões. A do treinador, que soube ler o jogo e perceber o que era preciso para o desbloquear; e a dos jogadores que entraram, designadamente Talisca e Victor Andrade, que aceleraram e projectaram o Benfica para um jogo mais dominador e contundente.
O Benfica é dos novos, clamarão os defensores da formação. Calma. O tempo deles chegará, mas a verdade é que por enquanto o Benfica ainda é dos 'velhos'. Do patrão Luisão, do salvador Júlio César, do fiável Jonas e do genial Gaitán. Sem eles, não teria havido goleada."
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