"É já na próxima terça-feira que os clubes vão a votos para eleger o próximo presidente da Liga. Aos dois candidatos, Luís Duque e Pedro Proença, não adiantará muito colher a aprovação da opinião pública porque o ato eleitoral tem um colégio de votantes restrito e é para esses que devem falar. Ou, sequer, nem isso. Em pleno defeso, e estando constituídos dois blocos precisos em torno de cada um dos candidatos, as contas eleitorais far-se-ão, sobretudo, pelo aliciamento dos desalinhados, algo fácil de fazer nesta altura em que o mercado de verão está no auge...
Luís Duque recandidata-se sem surpresa. O bom trabalho que realizou na Liga ao longo dos últimos nove meses valeu-lhe louvor generalizado dos clubes (Sporting à parte, por razões que não têm a ver com o que Duque fez durante esse espaço de tempo...) e a admiração só pode residir no facto de não concorrer sozinho. Mas a vontade dos clubes é soberana, FC Porto e Sporting entenderam-se (como era mesmo aquela metáfora de mau gosto de Bruno de Carvalho?) e são a locomotiva da candidatura de Pedro Proença. Proença foi o melhor árbitro português que vi actuar e o segundo mais talentoso (António Garrido, que nasceu para o apito, perdia-se por vezes em habilidades); mas não tem, nunca teve, qualquer ligação aos clubes, o que se entende e se louva. Daí que seja incompreensível que surja candidato à liderança de uma associação patronal com a qual não teve, jamais, a mais remota afinidade.
Aguardemos, pois, pela magna decisão dos votos secretos, que decidirão entre Duque e Proença.
PS - Espero que a interferência da APAF nas eleições da Liga seja averiguada até ao fim. E que os árbitros se revoltem contra a tentativa de manipulação em curso..."
José Manuel Delgado, in A Bola
Concordo com o artigo na generalidade mas saliento o seguinte: "não tem, nunca teve, qualquer ligação aos clubes"! Esta frase só pode ser para rir.
ResponderEliminar