"A época terminou. Começou a catadupa de não notícias, pré-novidades e pós-desmentidos. Este ano com uma novidade, ao que parece: a dança de treinadores dos clubes grandes, com o prenúncio de uma lógica inovadora: treinadores com sucesso estão à porta de saída, treinadores com insucesso, seguros.
O bicampeão Jorge Jesus - anunciou ontem A BOLA - «mais longe do Benfica, mais perto do Sporting», colocando a 2.ª circular em alvoroço. Marco Silva, ao que tudo indica, só está preso ao seu patrão enquanto o direito de alforria não tiver a justa compensação. Lopetegui, o perdedor, parece estar de pedra e cal no Porto.
Como benfiquista, custa-me perceber a novela à volta do treinador. É óbvio que poderá haver aspectos que, de fora, não alcançamos. Mas serão assim obstáculos tão difíceis de ultrapassar? Será que a relação de amizade, confiança e cumplicidade entre Vieira e Jesus se desvaneceu? Será que a folha salarial é um tão forte entrave para um treinador que vem significando retorno como nunca se viu no Benfica? Ou será que não se pode encontrar um bom compromisso entre austeridade nas contratações e o aproveitamento de jovens talentos?
E pergunto, qual a alternativa em caso de separação? Para o Benfica, arrisco dizer que é um retrocesso, pois não vejo treinador à altura do almejado tricampeonato (aliás, o bi muito deve à manutenção da equipa técnica). Para L.F. Vieira, uma decisão de todo incompreendida pela maioria dos benfiquistas. Para J. Jesus, não foi ele que disse que sair do SLB era mudar de cavalo para burro (com o meu devido respeito pelo burro, seja ele qual for)?
*Crónica escrita antes de ser noticiada transferência de Jorge Jesus para o Sporting"
Bagão Félix, in A Bola
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