"A nossa Liga cumpre a primeira das suas duas etapas e, no momento da viragem, ressalta a autoridade tão justa quanto inquestionável do Benfica, que segura com as duas mãos a liderança, e ainda para mais com uma confortável vantagem de seis pontos, seis, sobre o FC Porto, que, apesar de registar um ataque histórico, não revelou por enquanto capacidade suficiente para fazer frente ao actual campeão nacional. Mérito de Jorge Jesus - o melhor treinador português a trabalhar no nosso país - e dos seus jogadores e ainda dos dirigentes do clube da Luz, que, com um esforço digno e saudável, têm sabido manter uma equipa competitiva, apesar das constantes solicitações do mercado.
Não há a mais pequena dúvida de que o trunfo do Benfica assenta, desta vez, no facto de funcionar quase sempre como equipa, ultimamente pelo menos tem sido sempre assim, colocando em campo valores fundamentais da alta competição, que o mesmo é dizer, ordem, tranquilidade e atrevimento. Antes de mais, Jorge Jesus recuperou uma importante premissa que parecia perdida mas que agora se vê que não estava, ou seja, o Benfica voltou a ser uma equipa de hábitos - onde cada um dos seus jogadores tem feito um excelente trabalho e principalmente no seu comportamento defensivo - e ainda uma equipa solidária, outra marca cada vez mais vincada, e onde todos se sacrificam, ninguém procura protagonismo, pois acima de tudo estão os interesses colectivos.
É deste jeito tão próprio que o Benfica só perdeu cinco pontos em 17 jogos, o que é muito pouco mesmo para um campeonato que se apresenta desequilibrado, e é com esta segurança que a sua equipa vai atacar a ase decisiva da competição, sabendo à partida que o FC Porto não vai deixar de colocar permanente pressão em cima dos seus ombros.
Mas se o Benfica mantiver esta ordem até aqui verificada e sem perder de vista o atrevimento, com mais ou menos nota artística, restam poucas dúvidas de que a sua missão não apresentará um grau de dificuldade extraordinário. Aliás, essa dificuldade extra estará do lado do FC Porto, que, nesta primeira fase da prova, facilitou onde nunca o deveria ter feito. E vá lá saber-se porquê..."
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